Conforme previsto no artigo “Críticas em nome do CRM
desnaturam papel da entidade, ferem autonomia médica e constrangem profissional” (leia AQUI) neste sábado, o médico Bruno Leandro de Souza, da diretoria do Conselho
Regional de Medicina da Paraíba, teve suas declarações sobre a prescrição de cloroquina por
seus colegas inseridas indevidamente em um contexto de um caso
concreto.
Neste domingo, o próprio Bruno, que é coordenador de
comunicação e fiscalização do CRM/PB, divulgou um áudio no qual repele e
condena com indignação e veemência a distorção de opiniões suas por parte de um
blog para atacar a Prefeitura de Campina Grande e um médico que atua na linha
de frente do Hospital Pedro I.
O próprio diretor afirma que sua fala foi “colada” em outro
plano de fundo, tendo em vista que se tratava de uma opinião pessoal do médico,
sem referir-se a caso concreto e, tampouco, se pronunciando em nome do CRM.
“A direção deste conselho não se manifestou e não se manifestará sobre o uso de cloroquina, até em obediência a uma recomendação do próprio Conselho Federal de Medicina que permite a prescrição, sempre baseado no princípio da autonomia do médico e do paciente. E, pelo mesmo, princípio é defendida e entendida também a não prescrição da cloroquina”, disse.
Ao médico, que teve o nome exposto na matéria, Bruno Leandro pediu desculpas, mas reiterou que sua opinião foi mal utilizada. “Uma matéria jornalística colou a minha opinião como médico à conduta de outro colega. Isso é absolutamente lamentável. Ao colega, que se sentiu desconfortável, vai aqui meu pedido de desculpas, mas saiba que, de minha parte, não houve nenhuma intenção, nenhum dolo em relação a criar nenhum tipo de animosidade”, frisou.
O diretor do CRM ainda registrou, em seus esclarecimentos, compreender quais seriam as motivações da publicação. “Tenho certeza que o objetivo maior, em relação à matéria, não é uma questão médica, mas uma questão política”, concluiu.
Ouça: