No dia dedicado à gestante, um dado importantíssimo foi registrado em Campina Grande neste domingo, 15 de agosto: a cidade completou 50 dias sem nenhuma morte materna por covid. A última perda foi notificada no dia 26 de junho. O número de mortes de toda a população também vem diminuindo significativamente, já que caiu 66% entre os meses de junho e julho, saindo de 123 óbitos para 43.
A Secretaria Municipal de Saúde já vacinou 1.052 gestantes e 145 puérperas na cidade, de acordo com os dados da plataforma SiPNI. “Percebemos essa redução nos casos de adoecimento das gestantes à medida em que a vacinação foi sendo ampliada. É uma marca a ser muito celebrada porque são vidas poupadas. E quando falamos de gestantes, falamos de mais de uma vida já que, dependendo do caso, pode refletir na vida dos bebês também”, avaliou a médica Karolinne Figueirêdo, diretora técnica do ISEA.
No início de julho, a Prefeitura de Campina Grande abriu a Unidade Obstétrica de Superação da Covid (UNIDOS) do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), que foi construída este ano, para atender exclusivamente as gestantes e as puérperas com coronavírus, no ISEA. São oito novos leitos de enfermaria, dois de UTI, uma sala de parto e sala de acolhimento. No momento, apenas duas pacientes encontram-se internadas na ala.
Esse é mais um indício do controle dos casos no município com o avanço da vacinação. A cidade já aplicou a primeira dose em 227.908 pessoas e 81.911 receberam a segunda dose. Outras 6.260 tomaram a dose única. Com isso, cerca de 78% dos campinenses a partir de 18 anos já se vacinaram com pelo menos uma dose.
Apesar dessa estabilidade na pandemia, a médica alertou para a necessidade de manter os cuidados e redobrá-los com relação às gestantes. “Mesmo as gestantes que já receberam as duas doses da vacina precisam continuar se cuidando e preservando a gestação com cautela, porque sabemos da imprevisibilidade desse vírus e das próprias vulnerabilidades que a gravidez já pode oferecer à mulher”, ressaltou.