A notícia de que a tarifa de energia elétrica no Brasil, que já está em patamares bastante elevados, deve subir até mais de 21% em 2022 provocou verdadeiro choque entre os consumidores residenciais e cadeia produtiva do país.
Conforme documentos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), aos quais a imprensa teve acesso, a projeção decorre do impacto financeiro que a crise hídrica terá sobre a conta de luz em todo o País, tendo em vista as ações que foram adotadas para garantir o abastecimento de energia.
Diante do problema no modelo hídrico de geração, o governo precisou acionar todo o parque de usinas termelétricas do país, um tipo de energia bem mais cara.
Com a inevitável repercussão da notícia, a Aneel publicou uma nota moderando o tom e afirmando que as perspectivas “correspondem a estimativas preliminares baseadas em cenários hipotéticos que ainda não consideram as medidas de atenuação tarifárias que serão implementadas em 2022”.
Leia a nota, na íntegra:
A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL esclarece que as informações veiculadas em reportagens publicadas nesta sexta-feira (12/11) sobre aumento na conta de luz em 2022 correspondem a estimativas preliminares baseadas em cenários hipotéticos que ainda não consideram as medidas de atenuação tarifárias que serão implementadas em 2022.
O Brasil no último período úmido registrou o pior regime de chuvas dos últimos 91 anos. Em razão desse cenário adverso, para compensar o baixo nível dos reservatórios com a falta de chuva, têm sido utilizados todos os recursos de oferta de energia disponíveis e foram tomadas medidas excepcionais para assegurar o suprimento de energia no País.
A ANEEL salienta que, no exercício de sua competência legal de regular o setor elétrico brasileiro, em observância às políticas públicas emanadas do Ministério de Minas e Energia – MME, tem envidado esforços para atenuar os impactos da escassez hídrica nos processos tarifários de 2022, a exemplo de todos os esforços que foram empreendidos nos anos de 2020 e 2021 e que permitiram que os impactos da pandemia no aumento das tarifas fossem significativamente reduzidos, em prol de toda a sociedade brasileira e da sustentabilidade do setor elétrico.