Sem dúvidas, este é o mais famoso sermão proferido por Jesus em todo o desenvolvimento de seu ministério entre os homens, e parece muito mais dirigido a nós hoje do que propriamente para aqueles que ouviram suas palavras e viram-no ministrando à época.
É bem verdade que as palavras proferidas pelo mestre da Galileia não foram vãs naquele momento, visto que, Ele estava ensinando aos seus seguidores os princípios do Reino de Deus que é eterno, ou seja, diz respeito a todos os homens em todo o tempo, mas, dadas as circunstancias da realidade vivida pelos homens na atualidade, num total contrassenso ou oposição a todo conceito tratado por Cristo naquele monte, parece muito próprio aos dias atuais.
Começando pelas bem aventuranças, Jesus norteia os homens com princípios relacionais para a sociedade a fim de que estes vivam felizes e encontrem o reino de Deus, mas, o que vemos é o contraditório entendimento, por conseguinte, as práticas destes hodiernos ao que foi apresentado ali pelo Filho de Deus.
Felizes os pobres de espírito – os despojados de si mesmos, os não soberbos ou orgulhosos.
Felizes os que choram – os que se rendem ante a dependência intrínseca do ser sobre tudo a Deus.
Felizes os mansos – os benignos, os de bom trato, os equilibrados, os de coerência.
Felizes os que têm fome e sede de justiça – aqueles cuja justiça excede o senso comum em ser correto aos seus próprios olhos, em seus próprios atos e contempla o outro com a justiça.
Felizes os misericordiosos – os que exercem a bondade, os compassivos, os que perdoam as ofensas.
Felizes os limpos de coração – aqueles que sem malicia, fazem o bem sem olhar a quem, os que agem corretamente pelas corretas motivações.
Felizes os pacificadores – os que promovem a paz, os que buscam a paz sobre qualquer circunstância, aqueles que não vivem a gerar conflitos.
Ao lermos estes preceitos elencados pelo Cristo e observarmos o comportamento dos homens da sociedade moderna, percebemos que caminhamos numa rota de colisão ao Reino de Deus e a verdadeira felicidade, pois, é, notório a falta: de pobreza de espírito, do sentido de dependência, do equilíbrio, de justiça, do perdão praticado, do bem ao próximo, da paz no coração, que deve existir entre os tais e que se faz necessários à vida com Deus.
É cada vez mais sentido o esvaziamento dos homens para as ralações humanas ensinadas neste belo sermão e que principiam a vida feliz e o reino eterno de Deus. Há um conceito equivocado e desfocado das verdades Sagradas que estabelece o homem no centro, criando uma ideia de grandeza, de potência, o moderno “empoderamento” que culmina no individualismo egoísta exacerbado tornando os homens egocêntricos, logo, infelizes e fora do reino de Deus, que:
Consciente ou inconscientemente os homens, o desejam e o buscam!
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Waltair Barbosa Pacheco de Brito Junior é brasileiro, natural de Campina Grande/PB. Nascido em 04 de setembro de 1965, é formado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual da Paraíba, cristão e casado.