Se a Paraíba sofre, Lígia, duas vezes vice-governadora, não sabe que é parte do problema?


(Por Lenildo Ferreira)

Em poucos segundos de um vídeo evidentemente ensaiado e gravado, a vice-governadora Lígia Feliciano, do PDT, fez um dos discursos mais infelizes e contraditórios da infeliz e contraditória história política da Paraíba.

A pedetista, que cumpre o segundo mandato como vice-governadora, compara a Paraíba a uma mulher, numa estratégia – por si já atabalhoada – de tentar associar o estado ao seu próprio gênero.

“Hoje, a Paraíba é uma mulher sofrida, que sofre com a dor dos seus filhos, com o desemprego, a carestia, a fome”, denuncia Lígia.

Em seguida, em tom de candidata, completa: “Mas, a Paraíba vai sorrir de novo. Sua força de mulher vai fazê-la sorrir outra vez”.

Seria somente mais um vídeo de pré-candidato, coisa da mais normal para o período, não fosse um detalhe imenso, já citado: Lígia é vice-governadora, e não apenas de um, mas dois mandatos.

Uma vice-governadora que até agora se mantém silente, inerte, indiferente e completamente irrelevante.

E que não enxerga que, sendo parte importante do governo (pelo menos na importância formal do cargo) há dois mandatos, estando até hoje calada diante do sofrimento que somente agora denuncia, vem a ser ela mesma parte do problema. 

Falou pouco e errou muito.

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