Aproximadamente quatrocentos dos mais de quatro mil imóveis do conjunto Aluízio Campos, em Campina Grande, podem ter sido repassados pelos proprietários contemplados de maneira indevida a terceiros. A informação foi confirmada pelo secretário de Planejamento do Município, Félix Neto, em entrevista à Cariri FM.
Segundo ele, equipes da pasta fizeram visitas a todas as casas do Aluízio Campos e, no caso destes cerca de quatrocentos imóveis, considerados sob suspeita e que demandarão apuração mais detalhada, as pessoas que foram contempladas não foram encontradas, mesmo com os servidores voltando até outras duas vezes.
“Essas casas podem ter sido repassadas a familiares ou a outras pessoas, o que não é permitido, conforme consta expressamente do contrato”, explicou Félix Araújo Neto durante a entrevista.
De acordo com o secretário, o entendimento é que compete ao Banco do Brasil os procedimentos referentes a eventuais irregularidades ligadas aos imóveis. Os contratos dos financiamentos das casas e apartamentos do Aluízio Campos foram firmados entre os proprietários contemplados e o banco.
Quem repassa indevidamente um imóvel como o do Aluízio Campos, recebido por meio de programa habitacional, poderá responder a processo e, além disso, ficará impedido de ser beneficiado em outros programas do tipo.
Já quem adquire de maneira indevida o imóvel corre o risco de ser despejado e, portanto, ficar sem a casa e sem o dinheiro pago.