O impasse entre o governador João Azevêdo e a Polícia Militar foi tema de pronunciamentos na Câmara Municipal de Campina Grade durante a sessão desta terça-feira, 08. O vereador Alexandre do Sindicato (PSD) criticou a postura da gestão estadual que, segundo ele, levou os policiais militares a uma espécie de “greve branca”.
Em seguida, o vereador Sargento Neto (PSD) tomou a palavra e explicou que, na verdade, não existe qualquer tipo de greve na corporação, mas apenas a decisão dos homens e mulheres da PM de cumprir somente com seu expediente regular, optando por abrir mão de hora-extra.
“É um direito constitucional. Os policiais não estão fazendo serviço extra e, como o déficit da Polícia Militar é gigante e o salário é irrisório, esses homens e mulheres vendem sua hora de descanso para o Governo do Estado, que, na verdade, está escravizando os PMs”, afirmou Neto.
"Esses socialistas em defender os direitos do cidadão, mas eles não veem os policiais como cidadãos; veem como uma máquina de trabalhar, que não precisa de hora de folga, não precisa estar com a família, que não adoecem", complementou na tribuna.
Ainda falando sobre o conflito com João, o vereador avaliou que a crise com a PM revelou a personalidade do governador e contribuiu para o processo de desgaste do gestor perante a opinião pública.
“Esse governo João Azevêdo está desmoronando, está acabando. Há sessenta dias, todos contavam que ele estava reeleito, mas hoje o governador tem uma rejeição jamais vista”, ponderou.