Pesquisa sobre “Bancos Digitais”
Uma pesquisa, em nível mundial, realizada pela “Mambu” - empresa alemã de software com sede em Berlim, especializada em soluções para bancos e outros segmentos da área financeira - concluiu que, os “brasileiros são os que mais utilizam bancos digitais na América Latina”. Por exemplo, segundo o levantamento da empresa, “54% dos brasileiros da faixa etária que vai dos 18 aos 35 anos, tem algum banco digital como sua principal instituição financeira” e esse percentual tende a crescer nos próximos anos, especialmente com as inovações tecnológicas que não param de ser implementadas nas plataformas digitais disponibilizadas pelos bancos, além da chegada da Internet 5G, em várias regiões do Brasil, nos próximos meses.
Pesquisa sobre “Bancos Digitais” (II)
Para se ter uma ideia da posição e liderança do Brasil, no “mercado” de bancos digitais, o documento da empresa alemã menciona que, no Peru e no Chile (dois países que também, fizeram parte da pesquisa) 97% das pessoas da faixa etária mencionada, ainda dão preferencia as instituições financeiras tradicionais (físicas), ficando a média na América Latina em 83%. O Brasil lidera também no item “operações com bancos digitais” que representam 73% das transações realizadas. Um dado bem interessante e que deve servir de referencia para o planejamento de mercado, pelos dirigentes dos “bancos tradicionais”, diz respeito à adesão aos bancos digitais, pelas classes D e E de nosso extrato social. O levantamento mostrou que os consumidores destas duas classes, “61% são clientes de um banco digital (sendo sua principal instituição financeira)”. Já nas classes A, B e C, 62% são clientes dos bancos tradicionais. Em relação à tecnologia utilizada nas plataformas digitais, “para 35% dos consultados, as plataformas são bem simples de utilizar” e 77% estão satisfeitos com os Apps (aplicativos) para smartphones disponibilizados. Ponto para a tecnologia brasileira!
Prêmio Nacional de Inovação
No próximo dia 8 de março, às 19h, com transmissão pelo Youtube, acontecerá a cerimônia de entrega do “Premio Nacional de Inovação”. Um dos finalistas é o SOFTSUL (Núcleo SOFTEX do Rio Grande do Sul, instalado em Porto Alegre) que concorre com o Projeto MGPDI, na Modalidade Pequenos Negócios, na categoria “Gestão da Inovação”. O MGPDI - Modelo de Gestão de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, “foi desenvolvido pela SOFTSUL em 2008, inicialmente como uma metodologia, com recursos da FINEP e contou com a participação de uma equipe multidisciplinar (universidades, centros de pesquisa e instituições) na sua definição”. Ele é baseado “em processos definidos nos modelos internacionais de inovação, buscando atender a necessidade de implantar nas empresas os princípios da inovação, de forma adequada ao contexto brasileiro e estando em consonância com as principais abordagens para definição, avaliação e gestão, de produtos e serviços inovadores”. Mais informações sobre o MGPDI no endereço www.mgpdi.softsul.org.br
A Europa e “a soberania tecnológica”
O ENRICH - European Network of Research
and Innovation Centres and Hubs (Rede Europeia de Centros e Hubs de
Investigação e Inovação), divulgou um estudo do “Parlamento Europeu” sobre a “soberania
tecnológica da Europa”. O interesse no tema só aumentou, durante a atual pandemia
de Covid-19, devido ao impacto em muitas cadeias de valor. O documento trata,
especialmente, de tecnologias chave, como: pesquisa de novos materiais; tecnologias
de ciências da vida; micro/nano eletrônica; fotônica; inteligência artificial e
tecnologias de segurança e conectividade. Todas essas tecnologias, segundo o
Parlamento Europeu, são cruciais e importantes, para a competitividade e a
posição econômica dos países da UE- União Europeia, em nível mundial. O
documento da UE é resultado de um Painel sobre o “Futuro da Ciência e
Tecnologia na UE” e quais as ações e diretrizes, que a Europa está
desenvolvendo para a proteção, soberana, da propriedade intelectual e know-how,
nessas áreas críticas da tecnologia, especialmente em comparação com a China e
os Estados Unidos. Muito interessante. Um estudo semelhante, caso não exista,
deveria ser realizado pelo governo brasileiro. Fica a sugestão.
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Alexandre Moura é engenheiro Eletrônico, MBAs em
Software Business e Comércio Eletrônico, Chairman da Light Infocon Tecnologia
S/A, Diretor da LightBase Software Público Ltda, Conselheiro-Titular do
SEBRAE-PB, VP da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado
da Paraíba e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP.
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