Tom de Veneziano e RC mostra que João enfrentará algo que não viu em 2018


Por Lenildo Ferreira

Quem faz menoscabo das pretensões de Veneziano Vital do Rêgo e Ricardo Coutinho deveria prestar mais atenção nos discursos que proferiram nesta segunda-feira durante ato conjunto do MDB/PT na capital.

Em síntese, o atual governador, João Azevêdo, que viu o mandato cair no colo sem méritos próprios em 2018, terá pela frente agora o que não encontrou naquele pleito: adversários.

Resta ver o que acontecerá das pré-candidaturas de Pedro Cunha Lima (PSDB) e Nilvan Ferreira (PTB), mas, em Veneziano e Ricardo, João será testado na inédita experiência de bater de frente com oponentes veementes, duros e com sangue no olho.

E mais, adversários que foram aliados e hoje, mordidos, estão afiados para expor contradições do ex-parceiro e insatisfações dos que o cercaram e, em alguns casos, ainda cercam.

A campanha de João, que, como frisou o próprio Ricardo, parecia caminhar para um WO, balança hoje sob o fio de uma ameaça real. Ele continua favorito, pela regra permanente de um estado pequeno pela qual quem tem o poder tem a tendência de continuar no poder.

Todavia, para que as ditas contradições e insatisfações façam água na embarcação de Azevêdo, não é preciso sequer que as contraditórias e questionáveis pesquisas apontem qualquer virada: basta que a certeza de vitória se abale e a inércia gerada muda de rumo.

Ao contrário do que chegou-se a pensar, a eleição não acabou. Aliás, agora é que está começando.

Imagem: Marcinha Lima - Reprodução (Facebook - Veneziano)

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