A utilização do “metaverso” pelos bancos, em nível mundial, continua crescendo rapidamente. O mais recente a aderir a “nova moda”, foi o HSBC (Hong Kong- Shangai Banking Corporation), que apesar da sigla, é um banco britânico fundado em 1865 e considerado um dos mais conservadores, com relação a investimentos e tecnologia. Segundo matéria da agência de noticias Reuters, o HSBC comprou “um lote de imóveis virtuais em um espaço de jogos online chamado The Sandbox.” É a primeira vez que o banco investe no metaverso e mostra que a “aposta” é para valer, pois o HSBC vem (na outra ponta) encolhendo sua rede de agências no Reino Unido (serão menos 69 pontos de atendimento até o fim do ano) e em vários países onde está presente. Com a aquisição, o HSBC passa a trabalhar e focar negócios, em fãs de esportes, de e-sports e jogos eletrônicos em geral, por meio de sua fatia no The Sandbox, um espaço virtual de propriedade majoritária da empresa Animoca Brands (empresa de software, de jogos eletrônicos e de capital de risco, com sede em Hong Kong, China).
Metaverso e o HSBC (II)
A diretoria do HSBC constatou uma tendência global, na mudança da “cultura bancária” de seus clientes, que estão migrando de forma acelerada, para os bancos online (digitais) e estão também, aderindo ao uso da tecnologia do metaverso. Segundo dados do banco americano “JP Morgan” (que também tem investido no metaverso), são gastos, anualmente, cerca de R$ 270 bilhões em “bens virtuais” (como o comprado pelo HSBC) e a tendência é de forte crescimento desse segmento nos próximos anos. O objetivo do HSBC, segundo sua diretoria, é "criar experiências de marca inovadoras para clientes novos e existentes," em seu mundo no metaverso. Outros bancos, inclusive aqui no Brasil, estão indo pelo mesmo caminho.
6%
Reforçando e confirmando, o apresentado acima (tendência de crescimento do número de usuários do metaverso), uma pesquisa feita pela empresa Kantar IBOPE Media (divisão latino-americana da Kantar Media, líder global em inteligência de mídia), afirma que “6% dos internautas brasileiros já transitam por alguma versão do metaverso” disponível no mercado, a exemplo do World of Warcraft. A pesquisa: “Impacto do metaverso”, é uma “radiografia do comportamento do público brasileiro que já é usuário desse tipo de experiência.” O documento mostra outros números interessantes dos usuários do metaverso. “91% dos pesquisados disseram acompanhar as informações e tecnologias atuais, disponíveis no mercado”; 42% possuem smartwatches; 29% usam dispositivos de “realidade virtual”, 24% utilizam equipamentos ativados por voz e 77% preferem a rede social Instagram. Muito interessante.
Residência Técnica em TIC
Foi lançado recentemente, no Paraná, o “Projeto Residência Técnica em TIC” (Tecnologia da Informação e Comunicação). O projeto é uma iniciativa do MCTI - Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações e da SOFTEX e faz parte do “Programa MCTI Futuro: Futuro do Trabalho e Trabalho do Futuro”. O objetivo principal é “a capacitação técnica” dos participantes, bem como promover “uma política pública de transformação nacional que auxiliará, em muito, os grandes demandantes (ou seja, as empresas) de profissionais do segmento de TIC”. A ideia é Capacitar profissionais em TICs, “com foco nas necessidades do mercado, como um complemento à formação regular, visando reduzir o gap entre a necessidade da indústria e a educação oferecida nas universidades.” No caso do Paraná, o projeto-piloto foi nomeado como “TechDev PR”, com foco em pesquisa aplicada e formação profissional, de pesquisadores e estudantes. “A meta é treinar até mil alunos, em seis meses, com base nas demandas de mão de obra das empresas que fazem parte do ecossistema local de TIC.” Excelente iniciativa!
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Engenheiro Eletrônico, MBAs em Software Business e Comércio Eletrônico, Chairman da Light Infocon Tecnologia S/A, Diretor da LightBase Software Público Ltda, Conselheiro-Titular do SEBRAE-PB, VP da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado da Paraíba e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP.