Por Lenildo Ferreira
A postura do deputado estadual Adriano Galdino (REP) em relação a uma eventual aliança entre o governador João Azevêdo (PSB) e o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) parece, de maneira muito clara, sinalizar um esforço no sentido de evitar que a composição aconteça.
É o que se pode depreender, inclusive, do tom das declarações de Galdino. Na última semana, ao ser questionado sobre falas de Aguinaldo a respeito da necessidade de unidade política como elemento essencial às alianças, Adriano bateu pesado.
“É a opinião dele. Eu não falo sobre candidato que não se lança. Para mim, candidato tem que se lançar. Para mim, não existe candidatura de Aguinaldo. Ele não diz que é candidato. Quem é candidato, se movimenta como candidato, procura conquistar”, disse.
“Ficar conversando, falando, querendo o bolo pronto, não é por aí, não, companheiro. Quem quiser ser candidato, principalmente a senador, que é uma chapa majoritária, tem que ralar, tem que ir atrás das lideranças, dos prefeitos, dos deputados e dialogar um por um, para convencer”, acrescentou.
Independente do mérito dos comentários do parlamentar, é evidente que quem pretende incentivar uma composição não usa de tais termos.
Adriano, como se sabe, já declarou apoio à pré-candidatura de Efraim Filho ao Senado, independente do que decida João. Logo, é compreensível que não tenha qualquer entusiasmo por uma possível candidatura de Aguinaldo a senador.
Mas, com certeza, não desconhece o prejuízo político e eleitoral – provavelmente insuperável – para Azevêdo se, depois de perder o MDB, de perder Efraim e não conseguir atrair Romero Rodrigues, ver Aguinaldo e sua fileira de partidos – dentre eles o PSD – indo para outras hostes.
Adriano não sabe disso? E se sabe, como é o lógico, o que pretende, afinal?