Por Waltair Pecheco de Brito Jr.
Acredito que seja consenso que as eleições 2022 será uma das mais importantes em toda história brasileira.
Isto se dá tanto pela conjuntura interna no que tange aos problemas vivenciados, econômicos, políticos, sociais jurídicos entre outros, quanto à conjuntura externa como a guinada geopolítica mundial para o oriente, as discussões politicas em torno de assuntos considerados interesse comum às Nações, a polarização cada vez mais patente e presente entre direita e esquerda, etc.
Há de se considerar que é urgente e necessário um posicionamento firme do governo Brasileiro neste cenário global a fim de que o País seja protagonista nas discussões e decisões importantes que resultem em benefícios ao seu povo, ou que pelo menos não o prejudique.
Temos assistido a insistente e mal fadada ideia de um grupo minoritário que alardeia o surgimento de uma terceira via neste cenário eleitoral, e que esta tem de fato a condição de proporcionar solução para todos os problemas internos e melhores condições para se posicionar externamente.
A terceira via não é uma ideia brasileira, ela foi criada no seio do partido trabalhista britânico com o sentido de mudança política e econômica do socialismo assim como do liberalismo, que ganhou força por um tempo tendo como expoentes os ex-presidentes Bill Clinton, Fernando Henrique e o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
Entretanto o tempo passou e esta ideia não conseguiu avançar, de promissor sucesso acabou em um real fracasso. Talvez a falta de posicionamentos firmes, de politicas diretas e contundentes, de soluções viáveis e práticas, tenha sido o principal motivo para a sua derrocada.
No Brasil a terceira via é natimorta, primeiro pelo problema identificado no movimento globalizado, depois por não possuir nomes que fortaleçam o segmento. O discurso de tom moderado e do politicamente correto que já desagrada grande parte da população mundial, no Brasil é extremamente desagregador e insustentável ou impraticável na política atual.
A prova é exatamente a polarização de fato e de verdade entre os dois candidatos que disputam a liderança das pesquisas, que têm as reais chances de vencerem o pleito. Os discursos cada vez mais veementes e contundentes de ambos, evidentemente cada um no seu mundo ou conceito ideológico, mas, cada um mostrando de fato o que têm para governar.
Um busca fortalecer sua militância pregando um estado mais forte, mais controlador, mais participativo e decisivo em todas as instâncias ou segmentos da sociedade; da religião à imprensa, enquanto o outro, prega para o eleitor um governo menos invasivo, menos autoritário, menos agente, permitindo à competência à meritocracia como instrumento de desenvolvimento.
Um defende a ideia de governo único repartindo a Nação brasileira com um bloco governante, o outro defende sobre todos os aspectos a Soberania Nacional. Um visa vender o Estado o outro fazê-lo crescer, desenvolver através de relações com nações prósperas e viáveis comercialmente.
O eleitor tem nas mãos o direito de analisar bem as propostas, mas, também a responsabilidade de escolher o que de fato será melhor para si, para o povo, para o futuro do País, isto é, o futuro dos filhos netos e todas as gerações vindouras.
Esta eleição se dá num grau de importância elevada, tendo em vista, o momento impar de se está de fato dividido ou polarizado como em nenhum outro momento da história entre o socialismo e suas experiências e consequentes resultados no mundo a exemplo de Venezuela, Argentina, Bolívia e o Capitalismo com suas experiências e resultados, EUA, Reino Unido, Israel, Japão.
O eleitor é quem escolhe qual o tamanho e a importância do Brasil neste mundo.
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Waltair Barbosa Pacheco de Brito Junior é brasileiro, natural de Campina Grande/PB. Nascido em 04 de setembro de 1965, é formado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual da Paraíba, cristão e casado.