Por Alexandre MOURA (*)
Mais um capítulo
A “novela” da compra do Twitter, pelo empresário americano Elon Musk, que parecia ter chegado ao fim, teve novo capítulo. Com a desistência da compra pelo bilionário (dono das empresas Tesla Motors e da SpaceX), no valor correspondente a cerca de R$ 245 bilhões, o “negócio”, terminou nos tribunais dos Estados Unidos. Segundo analistas, a empresa Twitter Inc, tem uma forte e consistente, argumentação jurídica para processar Elon Musk pelo “recuo” na compra. Inicialmente (segundo informações de bastidores), o Twitter tentou uma renegociação das condições do acordo de compra, ao invés de “entrar numa difícil, midiática e longa, batalha judicial”, que certamente, custará centenas de milhões de reais para os dois lados, com final incerto e prejudicial à imagem pública (especialmente do Twitter) dos litigantes.
Mais um capítulo (II)
Essa possível tentativa de renegociação, não prosperou e a “disputa” foi parar mesmo, nos tribunais. A Twitter Inc “está processando Elon Musk” numa Corte do estado americano de Delaware. O Delaware já tem histórico de julgamentos desse tipo de disputa, referente ao comprador desistir do negócio, depois do mesmo ter sido anunciado. Vale destacar que o empresário “desistiu” da compra, sob o argumento que o Twitter “violou o acordo inicial por não compartilhar com ele, informações suficientes (durante as negociações de compra) para respaldar sua alegação de que spam ou contas falsas constituíam menos de 5% de seus usuários ativos”. Já a empresa controladora da mídia social, se defende argumentando que “mantém a informação do percentual de 5% das contas, mas que o número dessas contas pode ser maior”, dando razão, em parte, a Elon Musk. Em resumo: a “confusão” está criada. O “próximo capítulo da novela” promete ter desdobramentos judiciais importantes, e de ampla repercussão.
Pesquisa sobre o Varejo Brasileiro
Uma recente pesquisa, realizada pela fintech brasileira “Superdigital”, sobre o “consumo das classes C e D”, apresentou números bem interessantes. O documento denominado de “Pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital“, mostra que o consumo dessas classes, “cresceu 2% no último mês de maio, em relação ao mês de abril”. Este percentual sendo influenciado, fortemente, pelo “comércio nas lojas de roupas”, que aumentou 14% em maio. Outro número bem interessante é que, “87% das compras foram feitas de forma presencial”. Em relação aos gastos, o levantamento da “Superdigital”, mostrou que “o gasto maior continua sendo em supermercados, com 36,9%”, seguido pelas despesas em restaurantes (13%), lojas em geral com 10,3% e postos de combustíveis, representando 7,7% das despesas das famílias. Por regiões do país, o consumo das classes C e D, cresceu no Sudeste (3,3%), no Sul (1,5%), na região Norte (com 1,4%) e no Centro-Oeste ficou quase estável com apenas, 0,1% de crescimento. Já no Nordeste o consumo teve uma queda de 2,4% em maio.
Itália X TikTok
O aplicativo chinês de “compartilhamento de vídeos” TikTok está sob investigação, da “AIPD -Agência Italiana de Proteção de Dados”. O motivo é uma “suposta violação das regras existentes da UE - União Europeia para proteger a privacidade das pessoas”. De forma unilateral e sem, aparentemente, cumprir as regras de privacidade da União Europeia, o TikTok informou aos seus usuários, “que entregaria publicidade direcionada a eles a partir deste mês de julho, sem solicitar consentimento para usar dados armazenados em seus servidores (computadores)”. As autoridades italianas estão preocupadas também, que este envio indiscriminado e sem autorização de publicidade, “possa ser direcionado a menores sem o devido controle de conteúdo, visto os problemas técnicos que o TikTok enfrenta para monitorar, com precisão, a idade de seus usuários”. A “Comissão de Proteção de Dados da Irlanda” foi devidamente informada pelos italianos, sobre o problema. O órgão irlandês é “o principal regulador da UE para o TikTok e outras grandes empresas de Internet”, devido seus escritórios europeus dessas empresas, estarem localizados na Irlanda. Caso as acusações sejam comprovadas, a multa pode chegar a dezenas de milhões de euros!
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Engenheiro Eletrônico, MBAs em Software Business e Comércio Eletrônico, acionista da Light Infocon Tecnologia S/A, Diretor da LightBase Software Público Ltda, Conselheiro-Titular do SEBRAE-PB, VP da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado da Paraíba e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP.