Por Lenildo Ferreira
A indiferença inegável do governador João Azevêdo (PSB) em relação à escolha do seu grupo para o Senado fez o vereador Alexandre do Sindicato (UB), pré-candidato a deputado federal, dar eco a uma tese que vem repetindo desde o suposto rompimento entre o atual chefe do executivo e seu antecessor, Ricardo Coutinho (hoje no PT).
Desde o início, Alexandre – que é crítico voraz de Ricardo e João – garante que o rompimento teria sido “uma farsa”, de acordo com ele para permitir a sobrevivência política dos dois ex-aliados.
Conforme o raciocínio, Azevêdo simplesmente não viabilizaria nenhuma candidatura de peso para o Senado, de modo a não atrapalhar Ricardo.
Eis que João Azevêdo, de fato, acaba de escolher a deputada estadual Pollyana Dutra para concorrer à Câmara Alta, uma postulação evidentemente improvisada.
E a pergunta fica no ar, realmente: como o governador do Estado não consegue ter uma candidatura de maior expressão e devidamente planejada para um cargo tão importante?
É nítido que o chefe do executivo jamais fez qualquer esforço para preencher a vaga. E é claro que o desfecho, de um jeito ou de outro, favorece Coutinho.
Seria ilação demais? Seria exagero de Alexandre do Sindicato?
Pode até ser, mas, agora, a pulga fica atrás da orelha e a dúvida entra para o cronicário político tabajarino.
No mínimo, como dizem os antigos, tem coisa que parece com coisa.