Por que os policiais militares têm a necessidade e o dever moral de eleger Gilberto, alvo agora do PL?


Por Lenildo Ferreira - Advogado e jornalista

A campanha eleitoral é uma batalha e a política é uma guerra permanente. Em seu primeiro mandato, como deputado estadual, o Cabo Gilberto Silva foi o homem da linha de frente da defesa dos policiais militares paraibanos nesse campo de conflitos. É inegável.

Alvo do bombardeio severo e permanente do Palácio da Redenção e da cadeira central da mesa diretora da Assembleia Legislativa, Gilberto tomou golpes duros e seguidos que, todavia, não eram direcionados a ele, mas à categoria que ali representava. 

Este ano, chamado pela mesma categoria, trocou uma reeleição certa por uma disputa dura: ser candidato a deputado federal pelo PL, partido sob o domínio do exatamente deputado federal Wellington Roberto.

Agora abraçado convenientemente ao discurso de ardoroso bolsonarista, Wellington (que tem até vídeo circulando de tempos não muito distantes proclamando o discurso de “Lula livre!”) precisou engolir a candidatura de Gilberto por ser este de fato nome com o DNA do presidente da República.

Porém, o chefe do PL logo viu que o crescimento do policial é uma ameaça ao seu continuísmo político, afinal, a chance de o partido eleger apenas um federal é nítida.

Assim, Wellington Roberto utiliza o poder de decisão sobre o PL, sobretudo quanto à destinação de recursos financeiros aos candidatos, para “atacar” e fragilizar Gilberto, que, não por acaso, recebeu míseros R$ 176 mil da legenda para sua campanha, enquanto o próprio Wellington já recebeu R$ 1,1 milhão.

Para que se tenha uma ideia, nomes menos expressivos do partido receberam mais que o cabo: Wilsinho - R$ 200 mil; Cantora Munique Marinho - R$ 250 mil; Rafael Tchuchuca - R$ 200 mil.

Gilberto, aliás, recebeu menos que dois candidatos a deputado estadual pelo PL. Wallber Virgolino teve um aporte de R$ 200 mil, mesmo valor de Caio Roberto, este filho de Wellington.

O quadro é evidente: a intenção é não permitir a eleição do cabo Gilberto Silva. 

Não para derrotá-lo enquanto indivíduo. Mas, para frear a possibilidade de fortalecimento político da categoria formada pelos policiais militares. O alvo são os PM’s.

A campanha de Gilberto, no fim das contas, depende exatamente do engajamento dos homens e mulheres da corporação, que têm verdadeira necessidade e obrigação moral de reação. 

Afinal, se a vitória do cabo será uma vitória da categoria, muito mais a sua derrota será a derrota de cada policial militar da Paraíba.

A tenacidade, a força, a honra, a capacidade de articulação e o tão aclamado espírito guerreiro dos policiais estão em teste. 

Os homens e mulheres da PM permitirão ser esmagados nessa batalha, ou "missão dada é missão cumprida"?   

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