Braiscompany já acumula pedidos de clientes na Justiça para rescisão de contratos


Desde o início de uma crise em dezembro, com reclamações de clientes sobre atrasos no recebimento de rendimentos, a empresa com sede em Campina Grande Braiscompany, especializada no mercado dos chamados criptoativos, passou a acumular os primeiros processos judiciais com pedidos de rescisão dos contratos.

Atualmente, são cerca de doze ações apenas na Paraíba, todas originadas em Campina Grande (em alguns casos, um autor tem mais de um processo). E a tendência, pelos movimentos de bastidores, é que esse número acabe crescendo expressivamente.

Valendo-se de números impressionantes em termos de promessa de lucratividade para seus clientes, a Braiscompany sempre se viu em meio a desconfianças e até acusações de pessoas que operam no setor, mas, valendo-se do poder de sedução dos índices extremamente elevados, além de um marketing agressivo com ações e eventos de grande porte, não parava de ganhar novos clientes.

Em dezembro, quando alguns investidores passaram a reclamar nas redes sociais de atrasos nos repasses dos rendimentos, a empresa apresentou justificativas distintas num primeiro momento e, em seguida, passou a bloquear e deletar comentários.

Com a repercussão, os primeiros processos passaram a pedir à Justiça a rescisão sem a multa de 30% estipulada de maneira unilateral nos contratos de adesão. Também há pedidos para o bloqueio das contas da Braiscompany e de seus donos, o casal Antônio Neto e Fabrícia, mas todas as liminares até agora foram negadas.

Em suas redes sociais, Antônio assegura que os atrasos se devem a fatores que nada teriam a ver com falta de solidez da empresa. 

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