"O estranho senso do direito das minorias" - Por Waltair Pacheco de Brito Jr.


O que é o direito se não o certo o correto o justo o senso comum, conformidade com os bons costumes, o que segue a lei.  

E o direito das minorias o que é se não direitos individuais normais exercido ou aplicado aos membros de minorias de raça, credo, etnia, classe e outros mais?

Até aí tudo normal, nada estranho, o conceito definido de forma clara a compreensão dos homens, da sociedade e as garantias constitucionais para a convivência pacífica e harmoniosa de todos.

Entretanto, o que se tem na prática é a estranha forma de pensar e de se comportar daqueles cuja bandeira tem sido o direito das minorias, uma vez que os direitos destas são exatamente os direitos de todos, mas, ao que parece estas não se contentam em participar coletivamente e igualmente dos direitos e deveres de uma sociedade.

Sem muito esforço, observa-se que há um movimento anormal, um grito espalhafatoso, uma reclamação exacerbada, uma critica escandalosa, um querer desastroso em torno dos direitos pleiteados, de forma a chamar a atenção como se quisessem fazer parecer maiores, melhores, como que querendo se sobressair em relação aos demais. 

Parece querer  mostrar uma maior importância, uma essencialidade tal que desfaz, anula, sucumbe o direito dos outros, para isso, agindo sorrateiramente em associação e ou atrelado ao politicamente correto, esta bandeira imputa preconceito, discriminação e fobias a tudo e a todos que discordem de seus pensamentos de suas ideias de suas ideologias, de seus entendimentos, seus sentimentos, da visão de mundo que têm.

Aliás, não precisa discordar, o simples fato de não querer para si, é suficiente para gerar acusações, provocar repulsas, banimentos, abrir caminho para possível criminalização.

É um senso estranho que ao invés de unir as pessoas em torno do que é direito, invariavelmente tende a criar divisões entre estes e aqueles, entre nós e eles, ao invés de tornar todos iguais perante a lei, procura priorizar uns em detrimentos aos outros, privilegiar uma classe desfazendo das demais.

Percebe-se com clareza, uma necessidade de agredir o outro que não pertence ao grupo.

Existe um apelo tão forte a este respeito que a sociedade hoje sente uma tendência da justiça em acatar, se sensibilizar com o tal apelo, a ponto de favorecer estas minorias ignorando o direito dos outros.

A constituição é clara assim como as leis em geral que defendem o ser o cidadão a pessoa em todas as esferas onde, crimes podem ser cometidos, inclusive de preconceitos, racismos, calunias etc., mas, estes querem sempre um direito a mais, uma situação diferenciada, uma lei a mais.

A questão é: de onde vem este sentimento, este senso incomum, estranho? 

Talvez, seja na verdade sentimentos não assumidos de recalque, complexos de inferioridade, medo da verdade, fraqueza, entre outros, visto que, há sempre uma ideia presente em suas reivindicações e ou manifestações de querer mostrar superioridade, mostrar força, de tentar impor aquilo que entendem, que querem, que gostam, que cultuam.

Talvez seja um sentimento de domínio reprimido como ser e que encontram na bandeira a porta de extravasa-lo, um sentimento de poder que não pode como pessoa, mas, que se abre para ser exercido no coletivo de uma minoria, amparado pelo direito ao direito.

Talvez não se explique, não haja uma ideia lógica, talvez seja tão somente um senso estranho.

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Waltair Barbosa Pacheco de Brito Junior é brasileiro, natural de Campina Grande/PB. Nascido em 04 de setembro de 1965, é formado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual da Paraíba, cristão e casado.


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