Nos últimos dias a Paraíba, mas precisamente a cidade de Campina Grande, é sede de uma grave crise no mundo dos negócios.
Há dias a empresa Paraibana sediada em Campina Grande Braiscompany é alvo de diversas denúncias, acusações, questionamentos e recentemente, processos.
Protagonizada nas redes sociais, uma troca de acusações entre o proprietário da empresa e um de seus clientes talvez o mais famoso deles, filho ilustre desta terra, ao que parece acabou sendo o estopim não exatamente da crise, mas das notícias que já tomam o cenário nacional, uma vez que há clientes da empresa em todo o Brasil, inclusive no DF com políticos que ali exercem mandato.
A empresa que atua no mercado na área da tecnologia, inclusive colocando-se como pioneira na área de gestão de ativos digitais e tecnologia Blockchain é Considerada a maior holding de tecnologia blockchain na América Latina batendo aí uma dezena de milhar em numero de clientes.
Não obstante a esta realidade, a situação da mesma nos últimos dias não tem sido fácil, com atrasos em vários pagamentos segundo informações dos próprios clientes e já confirmado pela empresa através de seu proprietário.
O cenário parece apresentar uma via-crúcis tanto para os clientes que cobram seus pagamentos, como para a empresa que tenta justificar os atrasos e acalmar os reclamantes apresentando uma lista dos possíveis problemas, que estão gerando a falta de pagamento aos investidores.
Em uma live feita na ultima sexta feira dia 20, o proprietário da empresa queixou-se de alguns clientes que chamou de inconscientes, por ignorar completamente a dificuldade ou problemas enfrentado por ele como CEO da empresa, inclusive deixando clara que tão logo se resolva tudo, vai pedir para os mesmos se retirarem do negócio.
Negócio este que atraiu muita gente pela promessa de garantir ganhos acima da média de mercado para o capital ali aplicado, o que de fato ocorreu até o final do ano passado, quando começaram os problemas.
E a questão está exatamente neste contexto, “muito” dinheiro pouco ou nenhum esforço, isto é, a proposta irrecusável de grandes lucros com poucos investimentos, que cega muita gente não permitindo que o óbvio seja visto: “todo negócio é de risco ou riscos fazem parte de todo negócio”, “quanto maior o ganho, maior o risco”, máximas ignoradas pela tentação do ganho fácil e rápido.
Mesmo sendo um negócio da moda e ao que parece ainda em ascensão, para os investidores mais seguros aqueles que buscam ativos com baixas chances de perdas, investir em criptomoedas não é uma boa opção já que se trata de um ativo com altas chances de perda, isto é, de alto risco.
E exatamente este nicho de ativos baixistas mais a falência da FTX, contribuíram em muito para a turbulência enfrentada pelo mercado das criptomoedas em 2022, que muito provavelmente afetou a Braiscompany e contribuiu de alguma forma e em algum momento para a crise da mesma.
Embora haja uma perspectiva de melhora, de bons negócios para este ano no que diz respeito ao mercado de atuação da empresa Braiscompany, o baque sofrido em 2022 não parece ser um problema já vencido ou mesmo fácil de vencer, ao que tudo indica será uma via dolorosa, um calvário para todos os envolvidos.
Fica a dica para quem abre um negócio assim como para quem quer investir em um: “considere sempre o risco dos negócios assim como os negócios de risco.
Muito mais vale conquistar um punhado com paz e tranquilidade do que dois punhados em desatino, correndo atrás do vento (Eclesiastes 4.6).
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Waltair Barbosa Pacheco de Brito Junior é brasileiro, natural de Campina Grande/PB. Nascido em 04 de setembro de 1965, é formado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual da Paraíba, cristão e casado.