Opinião: "Suplente aos 27, vice aos 31, vice aos 33, Lucas espera titularidade aos 37"


Por Lenildo Ferreira | jornalista e advogado

Agora vice-governador da Paraíba, o mais jovem entre os eleitos do Brasil, Lucas Ribeiro conseguiu um feito curioso de gradualmente ocupar espaços relevantes na política mesmo sem ter vencido diretamente uma única eleição.

Em 2016, quando ingressou nas disputas e era tido como eleito certo para a Câmara Municipal de Campina Grande, ficou na suplência. Acabaria assumindo o mandato provisoriamente, por período considerável, além de atuar como secretário. E se saiu bem.

Quatro anos depois, substituiu o avô, Enivaldo, na cadeira de vice. Curinga na costura da aliança com Bruno Cunha Lima, chegaria à cadeira 02 do Palácio do Bispo e, em licença do titular, assumiu temporariamente o cargo de prefeito.

Ano passado, o jovem filho da senadora Daniella Ribeiro foi novamente curinga do PP, agora para a composição com o governador João Azevêdo. E foi assim que chegou à cadeira 02 do Estado.

Certamente, Lucas espera maior sorte na vice de agora. Já tem a experiência, contudo, de que ser vice pode ser muita coisa e pode ser quase nada. Aliás, não apenas por experiência própria, mas é só olhar a história – tanto em Campina quanto do Estado.

Jovem e paciente, contudo, vai esperar. Até 2026 deve sentar, de novo provisoriamente, na cadeira de governador. E daqui a três anos e quatro meses, beirando os 37 anos, poderá se tornar, enfim, titular. 

Ainda que por oito meses. Mas, titular é titular. 

E o arranjo tem boas possibilidades de dar certo. 

Se bem que, em política, todo acordo é sempre provisório...

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