"A falaciosa ideia de inclusão na linguagem neutra" - Por Waltair Pacheco de Brito Jr.


É no mínimo estranho o senso dos que levantam a bandeira de defesa dos direitos da minoria.

Não há lógica, não há fundamentos sólidos para os argumentos, não há se quer um bom senso. Um exemplo claro disto é a defesa ferrenha que se faz em torno da chamada linguagem neutra, uma pauta da esquerda, uma pauta do atual “desgoverno” petista que aí está.

Com a recorrente e peculiar falácia em suas narrativas, instrumento particular destes para domínio dos incautos, mas, fervorosos vassalos, a esquerda e seus ardilosos pensadores vão aos poucos avançando em seu projeto de domínio através de sutis ideias, ações e propostas aparentemente corretas.

A narrativa da linguagem neutra é apresentada com a falácia de inclusão, mais uma vez de uma minoria, denominada trans, não binária, intersexual, que não se identifica com nenhum dos gêneros, masculino ou feminino.

O problema é que ao tentar dar prioridade a esta minoria, algo em torno de 1,2% (2,5 milhões) da população brasileira, ela exclui uma maioria muito grande 15% de disléxicos (32,1 milhões), 5% de surdos (10,5 milhões), 3% de cegos e deficientes visuais (6,5 milhões) um número expressivo de cidadãos, de homens e mulheres, crianças e adultos que não por capricho, mas, por deficiência, necessidades especiais, outros, sim, estão excluídos na maior parte de tempo e atividades de suas vidas, e que ficarão mais ainda com esta desconexa, ilógica e não menos malevolente capricho.

Em vídeo que circula nas redes sociais a professora Cintia Chagas colunista da Forbes, autora de dois best-sellers sobre a língua portuguesa, ela deixa claro que a linguagem neutra é um desserviço para a língua portuguesa. Como ela diz, dizer boa noite a todos e a todas é redundância, dizer boa noite a todes é imbecilidade.

É um capricho imbecil, a não aceitação do uso do masculino genérico não exclui ninguém, uma vez que este, não define especificamente o gênero, todos alcança o todo, a plenitude. Esta ideia é mais uma face da segregação que os ideais esquerdistas pregam e plantam em meio a sociedade na tentativa de trazer o caos. É preto contra branco, patrão contra empregado, hetero contra homo e por aí se vai. 

A ideia é sempre separar nunca unir, não há união de gente, de pessoas de grupos, de classes no ideal socialista, comunista, esquerdista, e esta bandeira levantada não é para incluir, mas, para dividir, separar, criar campos de guerra, de disputa.

Como se não bastasse a discussão no campo das ideias travadas nas redes sociais, nos centros acadêmicos, nas rodas de conversas entre outros, vem a suprema corte do País legislar sobre a questão.

Ignorando todos os aspectos sérios e necessários à discussão e ao resultado disto, como por exemplo, ignorar o número esmagadoramente maior de exclusos na aplicação desta caprichosa e irresponsável linguagem, ignorando o fato da lógica e do bom senso, que é cabível em toda ação jurídica, legisla a favor. Seria capricho, militância ou ausência de capacidade e bom senso?

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Waltair Barbosa Pacheco de Brito Junior é brasileiro, natural de Campina Grande/PB. Nascido em 04 de setembro de 1965, é formado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual da Paraíba, cristão e casado.

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