A compreensão de como funciona a engrenagem da controversa Braiscompany mostra que, se Antônio Neto e sua esposa Fabricia são os cabeças e a cara da empresa, alguns colaboradores têm papel de destaque na organização.
Não por acaso, gerentes e brokers (espécie de corretores) estão no radar do Ministério Público, da Justiça e dos advogados de investidores que esperam reaver seu dinheiro pela via do Judiciário.
Clélio Cabral, gerente da Braiscompany e homem forte do grupo, confessou nas redes sociais que foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão executados pela Polícia Federal na semana passada.
O MP-Procon, em ação que tramita na 11ª Vara da Capital, requereu a relação destes associados da empresa de Antônio e Fabrícia. Os chamados gerentes select e os corretores que fecharam contratos mais calibrosos também deverão ser demandados pelos próprios credores.
No processo contra a empresa, o MP-Procon ressalta o trabalho dos colaboradores de Antônio e Fabrícia. "Os clientes são arregimentados pelos brokers, que são espécies de corretores/intermediários, cujo papel é o de ser intermediário na realização das operações de compra e venda que os investidores pretendem realizar".
Os promotores ainda ressaltam o papel fundamental destas figuras. "Em situações em que o valor e o volume das transações é alto, a intermediação de um broker é indispensável, visto que esta é a pessoa a quem o cliente acredita ter a expertise necessária para lidar com as criptomoedas investidas, sendo bastante persuasivos em convencer os pretensos investidores".
Com mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal, Antônio Neto e Fabricia Farias continuam foragidos.