Antônio Neto - Crédito: divulgação |
Em entrevista concedida ao canal de um brasileiro que vive em Londres e que foi publicada há um ano, o fundador da Braiscompany, Antônio Inácio Neto, assegurou a existência de um fundo internacional que, segundo ele, garantia maior segurança as operações realizadas pela empresa. O nome do tal fundo não chegou a ser divulgado, mas Antônio, que na ocasião estava em Londres, revelou que a sede da “seguradora” seria naquela cidade.
“Nós temos fundos garantidores, o que gera uma fiança bancária. O que é isso? É como um seguro de carro. É um seguro fiduciário bancário que, se a Braiscompany for inadimplente, esse fundo garantidor cobre o seu capital principal de um para um. Então, o risco é amenizado”, disse.
Em seguida, ao seu estilo, Neto exaltou a grandeza da suposta seguradora. “A gente está falando de fundos bilionários. Um fundo que hoje fornece soluções para a Ambev, Coca Cola, Heineken, Shell, grandes empresas e, agora, a única e primeira empresa desse fundo, que inclusive é um fundo londrino, eles garantem hoje as nossas operações e estamos em negociação com mais dois grandes grupos”, afirmou.
Agora, desde o início de crise de confiança em volta da Braiscompany, deflagrado em dezembro após atrasos no pagamento aos clientes, Antônio Inácio Neto não tem feito menções a respeito da existência do fundo garantidor, o que é curioso, afinal, trata-se de um instrumento importante para acalmar a preocupação dos contratantes.
Aliás, o CEO, que costuma afirmar em tom de retórica coaching que “a informação é a moeda deste século”, tem limitado a comunicação com os clientes a uma ou outra live e a publicações que, em linguagem indireta, minimiza as críticas e preocupações dos investidores. Ou seja, na prática, a moeda “informação” caiu em desvalorização.