Juiz ao bloquear bens da Braiscompany: “Sem novidades, o negócio fracassou”


O juiz Carlos Eduardo Leite Lisboa (foto), da 11ª Vara Cível da Capital, decidiu acatar parcialmente os pedidos formulados pelo MP-Procon na ação movida contra a Braiscompany e seus donos, Antônio Inácio Neto e Fabrícia Farias, que estão foragidos desde ontem (16).

Em sua decisão, ao referir-se à crise da empresa, o magistrado afirmou que não há surpresas no desfecho.

“Sem novidades, o negócio fracassou, pois a empresa Braiscompany, como muitas outras que emergiram das profundezas do mercado de capitais nos últimos anos, foi envolvida em escândalos policialescos por possível prática do pichardismo, ou, na expressão mais comum, de pirâmide financeira”, escreveu.

Carlos Eduardo determinou o bloqueio de ativos financeiros da Braiscompany e seus sócios no montante de até R$ 45 milhões, além dos veículos em nome da empresa e dos donos.

Ao negar o pedido do MP para impedir a Braiscompany de realizar novos contratos, o juiz argumentou que a empresa “não entrou em falência ou teve recuperação judicial decretada, logo, obstar seu funcionamento em sede cautelar se torna medida por demais onerosa”.

E completou: “Ademais, diante de tantas notícias envolvendo o nome da Braiscompany e seus sócios, dificilmente (quiçá impossível) que alguém ainda firme qualquer tipo de contrato com aquela”. 


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