Muitas empresas estão há décadas, oferecendo os mesmos produtos e serviços, quando nos tempos atuais, inovar é uma necessidade para os negócios.
Os consumidores não querem maus serviços, nem processos lentos ou excesso de burocracia. Eles buscam uma boa experiência, a facilidade de acesso, credibilidade nos preços e na entrega de produtos e serviços, por isso inovação passa a ser responsabilidade de todos que fazem uma organização.
O que fazer para superar os desafios e transformar o seu empreendimento em um negócio inovador e mais competitivo?
A cultura organizacional é o principal caminho, porque ela vai permitir que a empresa teste novas ideias, crie produtos e melhore a experiência dos clientes. É preciso estar no DNA de cada organização a necessidade de evoluir, porque inovar deve ser parte de sua rotina. A inovação disruptiva é aquela que antes não existia no mercado e que passa a oferecer produto mais simples e mais barato, atraindo novos consumidores.
As empresas do futuro serão aquelas cujas marcas se diferenciam junto ao mercado consumidor. Elas estão relacionadas à preservação ambiental e à identidade cultural do território onde se estabeleceu e serão as marcas respeitadas e desejadas pelos consumidores.
Com a era digital a micro e pequena empresa ganha espaço no mercado, para ampliar vendas. Basta se qualificar para crescer no e-commerce, sem lojas físicas e até sem estoque de produtos. O mundo digital mudou a expectativa do consumidor e trouxe facilidades no dia a dia, como por exemplo, efetuar compras pelo smartphone, em poucos segundos. Essas mudanças têm influenciado consideravelmente, o comportamento das pessoas, que passaram a ser mais imediatistas, mais exigentes e menos tolerantes.
A experiência do cliente tem papel fundamental em qualquer negócio. Por isso é importante que as empresas potencializem facilidade, conveniência, agilidade, simplicidade e o relacionamento, antes, durante e depois da venda.
Enquanto as grandes organizações estão correndo atrás de metas, receitas e lucratividade, os pequenos negócios inovadores estão investindo no relacionamento, na experiência e no nível de satisfação dos clientes. Quantos clientes recomendariam a sua marca para amigos e familiares?
Independente do segmento e do tamanho, a maioria das empresas passam por fases de altos e de baixos, muito mais por não enxergar a inovação, como um dos caminhos para a competitividade. A inovação consiste na melhoria de um produto existente ou na criação de um novo modelo de negócio, capaz de competir com as empresas líderes do mercado. As inovações não precisam ser ideias geniais, mas uma ideia exequível e viável, que combine pessoas e processos, dentro da empresa.
Quanto mais diferenciadas forem as pessoas em uma organização, mais a empresa será provocada para sair da zona de conforto, em busca da inovação. O processo de inovação nos negócios passa pela capacidade de expandir mercado, ser percebida como marca inovadora, desenvolver novos produtos e serviços, solucionar problemas ou transformar a cultura da empresa. A diretoria de qualquer empresa deve ter a visão de onde quer chegar, qual o caminho a seguir e quais os primeiros passos para agir. A visão não deve ser delegada, a execução, sim.
A cultura organizacional adequada é geradora de inovação, mas há outros fatores que a favorecem, como por exemplo, a colaboração e o compartilhamento de conhecimento, para agregação de valor.
Portanto, busque parcerias, informações e orientações, com outras empresas, com startups, entidades técnicas, centro de pesquisa de universidades. Procure se relacionar com pessoas de outro ambiente, com quem possa alinhar interesses e chegar às melhores soluções inovadoras. Não se feche em suas limitações de recursos financeiros e tecnológicos. Convide parceiros colaborativos, para juntos, definirem o produto inovador, o seu conceito e suas funcionalidades. Defina estratégias e metas para a inovação, que sejam claras, desafiadoras e fácil de quantificar a evolução dos processos inovadores e o seu impacto na organização. Inovação é a combinação de ideias validadas, transformadas e incorporadas, para formar um novo negócio, produto ou serviço.
----
"Regina Amorim é formada em Economia pela UFPB, Especialização em Gestão e Marketing do Turismo pela UNB - Universidade de Brasília e Mestrado em Visão Territorial para o Desenvolvimento Sustentável, pela Universidade de Valência - Espanha e Universidade Corporativa SEBRAE. Atualmente é Gestora de Turismo e Economia Criativa do SEBRAE/PB".