O sistema eletrônico do poder judiciário da Paraíba registra que mais de 2.000 ações contra a Braiscompany já foram protocoladas somente na Justiça estadual. A Justiça Federal e a Justiça do Trabalho também já foram provocadas por pessoas lesadas pelo empreendimento do casal Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias, que continuam foragidos desde 16 de fevereiro.
Além disso, processos contra a dupla e seu negócio já se espalham na Justiça de várias unidades da federação.
Do total de quase 2.050 processos protocolados até às 22h desta quarta-feira, 29/03, a absoluta maioria – precisamente 1.874 (o equivalente a 91%) – correm na Justiça de Campina Grande.
Das 1.874 ações que já corriam em Campina Grande até esta quarta, nada menos que 1.338 (71,3%) foram para os juizados especiais, onde são admitidas causas de até quarenta salários mínimos sem custas e taxas judiciais.
Até a data, 452 ações haviam sido distribuídas para o 1º Juizado Especial Cível de Campina Grande; 442 para o 2º Juizado Especial Cível; e 444 para o 3º Juizado Especial Cível.
Os números são muito altos, mas ainda representam apenas uma fração dos clientes da Braiscompany.
DEBATE NA CMCG
Diante do impacto causado pela queda da Braiscompany, a Câmara Municipal de Campina Grande, atendendo a um requerimento do vereador Anderson Pila (MDB), vai realizar uma audiência pública nesta quinta-feira, às 10h, para discutir o impacto da crise sobre a economia da região, assim como os gargalos judiciais para reparação dos clientes.