Para sobreviver e competir no mundo corporativo, as empresas necessitarão praticar relações de negócios, não apenas para atingir prosperidade econômica, mas também qualidade ambiental e justiça social.
A transformação do ambiente de negócios acontece através do desenvolvimento sustentável, que está se tornando cada vez mais importante na sociedade civil e nos cenários emergentes de riscos e oportunidades, dos dias atuais.
Nossa capacidade em disseminar a sustentabilidade dependerá muito da consciência do que é desenvolvimento sustentável, de empreendedores e consumidores.
As novas economias é o futuro, assim como a sustentabilidade. O desafio é fazer com que novos tipos de organizações façam sentido para o mercado consumidor, que sejam menos inclinados a operar como destruidores ou predadores econômicos, sociais e ambientais.
As empresas já estão sendo testadas por clientes e por mercados financeiros, sobre a sua rentabilidade e o seu comprometimento com a responsabilidade ambiental e social.
Conforme afirmou Tom Gladwin (2001), professor do programa ambiental global da New York University, “o desenvolvimento da sustentabilidade é igualdade, justiça, alívio da pobreza e redistribuição de oportunidades”. As empresas que não priorizarem no seu planejamento a sustentabilidade, as condições de mercado, os valores econômicos, mas também valores humanos e sociais, poderão pagar um preço alto por isso.
Enquanto a crise da sustentabilidade torna-se mais evidente, o planeta demanda uma série de mudanças que sinalizam oportunidades de sobrevivência. A governança corporativa é um dos caminhos para o desenvolvimento sustentável, a partir da definição de práticas, regras e processos que preservem o valor da empresa e a sua longevidade, para que ela alcance os seus objetivos e seus negócios, sejam bem-sucedidos. Aquelas organizações que estão se adaptando aos negócios sustentáveis, vão competir com as melhores oportunidades do mercado, no presente e no futuro.
“Enquanto o mundo está persuadido de que o desenvolvimento sustentável é uma direção necessária, os políticos raramente têm a visão e a coragem para posicionar seus governos, partidos e eleitorado nessa nova direção”, afirma John Elkington, autoridade mundial em responsabilidade corporativa e desenvolvimento sustentável.
Por isso as empresas no século 21 terão que liderar as mudanças no mercado, ao formar parcerias, criar vantagem competitiva, buscar oportunidades e satisfazer as necessidades dos clientes.
Uma das tendências mais fortes do século 21 é a sustentabilidade, que tornará os negócios mais interessantes, mas também destruirá centenas de empresas que não se adequarem às mudanças. A agenda do desenvolvimento sustentável é uma estratégia de competitividade, que deve ser uma das principais preocupações do mundo corporativo.
Rachel Carson (1907 – 1964) foi pioneira em fazer aumentar a consciência pública a respeito da importância da natureza e da ameaça de poluição dos pesticidas nos anos 50 nos Estados Unidos, Ela apontou: “As gerações futuras não nos perdoarão pela falta de prudência em relação à integridade do mundo natural que dá suporte a toda a vida”.
Essa é uma reflexão que nos leva a compreender como estamos sendo vítimas de desastres ambientais, devido ao aquecimento global, o esgotamento de recursos naturais e o crescimento da população mundial que já alcançou 8 bilhões, em 2022. “A menos que superemos o abismo entre os que têm e os que não têm, estamos nos preparando para um mundo de 8 bilhões de pessoas cheio de tensões e desconfiança, crise e conflito”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Para buscar essas soluções, é necessário aumentar o investimento dos governos em políticas e programas para tornar o mundo mais seguro, mais sustentável e mais inclusivo. A pobreza precisa ser enfrentada com programas para empreendedores sociais e criativos, visando aprimorar as qualificações necessárias, para seus negócios, fazendo valer os princípios norteadores da economia criativa, que compreendem a sustentabilidade, a inclusão social, a diversidade cultural e a inovação.
O futuro será viável com maior protagonismo de todos: governos, sociedade e empresários.
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"Regina Amorim é formada em Economia pela UFPB, Especialização em Gestão e Marketing do Turismo pela UNB - Universidade de Brasília e Mestrado em Visão Territorial para o Desenvolvimento Sustentável, pela Universidade de Valência - Espanha e Universidade Corporativa SEBRAE. Atualmente é Gestora de Turismo e Economia Criativa do SEBRAE/PB".