Adeus às senhas? Hub Brason - A nova coluna de Alexandre Moura


Por Alexandre MOURA (*)

Hub Brason 

A cidade de Campina Grande (PB), escolhida “Cidade Criativa pela UNESCO” (na categoria “Artes Midiáticas”) e recém-indicada como a “3ª Cidade mais Inovadora do Brasil” (pesquisa da ICE -www.ice.enap.gov.br), tendo seu “Polo Educacional-Tecnológico” em destaque nacional e internacional, há bastante tempo, tem vários “equipamentos” voltados para suporte às empresas de Base Tecnológica e ao “Ecossistema local de Tecnologia e Inovação”. Um exemplo é o Hub Brason. “Um ambiente de fomento à inovação” criado em 2021, focado no apoio e investimento, nas empresas do Ecossistema. O Hub “desenvolve atividades com o objetivo de impulsionar atividades ligadas à educação, empreendedorismo, cultura e tecnologia, promovendo, além de soluções, impacto social transformador para Campina Grande”. As instalações do Hub Brason possuem uma estrutura completa, com salas de reunião/treinamento, estúdios de produção áudio visual e de podcast, tendo ainda escritórios que foram planejados e pensados, para gerar networking para empresas com ideias inovadoras.

Hub Brason (II)

Nesses quase dois anos de atividade, já foram apoiadas/suportadas Startups ligadas a arte, a cultura e a economia criativa em geral (algumas delas premiadas) e também, eventos nacionais como o “Dia Mundial da Criatividade”, o maior evento colaborativo de criatividade do mundo que aconteceu em Campina Grande e em outras 100 cidades brasileiras. O Hub possui uma rede de entidades importantes que fornecem “retaguarda técnica” e fortalecem suas ações, como: UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), UEPB (Universidade Estadual da Paraíba), SEBRAE e CDL Campina Grande. Atualmente, estão sendo desenvolvidos trabalhos em atividades no âmbito da educação, que visam impulsionar e desenvolver, um ecossistema de inovação dentro e fora das escolas de Campina Grande, através da oferta do curso de Game Design, viabilizado pelo projeto “DChance”. A “ideia é provocar uma revolução na maneira como as pessoas enxergam o empreendedorismo”. Mais informações podem ser obtidas no endereço: www.hubbrason.com.br.

“Adeus às senhas”?

É publico e notório que a “guerra” entre os hackers e as empresas, governos e a população em geral, a cada dia fica mais acentuada. É o tradicional “jogo da defesa contra o ataque” e novas soluções são criadas (pela turma da defesa) para evitar (ou pelo menos minimizar) os ataques cibernéticos. Também é de domínio público que um dos “elos fracos da corrente de proteção” é a “senha” (password) dos sistemas e aplicativos, que todos nós usamos diariamente, para acesso aos nossos equipamentos. Para minimizar este conhecido risco, a tecnologia tem avançado e apresentado novas abordagens/soluções para essa “fragilidade”. Uma delas é a tecnologia de “Passkeys” (chaves de acesso) com base nos padrões FIDO (Fast Identity Online – Identidade Rápida On-line) – Padrões criados por um “consórcio (denominado de FIDO Alliance) formado por empresas de tecnologia, agências governamentais, provedores de serviços de TI (Tecnologia da Informação), instituições financeiras, processadores de pagamentos e outras indústrias. O FIDO Alliance desde 2013, investe em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) para substituir o uso de senhas em sites, aplicativos e dispositivos” e desta forma, aumentar exponencialmente, a segurança cibernética.

“Adeus às senhas”? (II)

Fazem parte do FIDO Alliance bancos, empresas de cartões de credito (Mastercard, American Express, VISA), empresas de telecomunicações, governos e empresas de TI como a Microsoft, Google, Apple, Amazon e Facebook. A ideia/objetivo por trás da tecnologia Passkeys é “acabar realmente com o uso das senhas” e assim, “fechar essa porta” para os hackers. Essa solução é muito melhor para a proteção “contra phishing (técnica/fraude utilizada pelos criminosos cibernéticos, para obter informações como dados pessoais, senhas bancárias e de redes sociais, número de cartão de crédito, etc) e vazamentos de dados”. O protocolo FIDO “usa técnicas de criptografia de chaves públicas que fornece autenticação mais forte”, reduzindo (ou eliminando) “o uso de senhas em computadores e dispositivos móveis, protegendo a segurança e a privacidade dos usuários. Isso é possível através do uso de chaves privadas e biométricas, no próprio dispositivo da pessoa (smartphone, tablete, e/ou computador)”. As senhas da forma utilizada atualmente são, relativamente, “fáceis de serem roubadas pelos cybers criminosos”. Uma preocupação adicional (em relação à vulnerabilidade das senhas) veio com a “popularização” da IA (Inteligência Artificial) que os criminosos já começam a utilizar para “descobrir senhas”. Essa é a realidade que estamos vivendo hoje.

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Engenheiro Eletrônico, MBAs em e Comércio Eletrônico e Software Business, pela N.S. University (Estados Unidos), acionista da Light Infocon Tecnologia S/A, Diretor da LightBase Software Público Ltda, Conselheiro-Titular do SEBRAE-PB, Diretor da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado da Paraíba e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP.


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