IA: “Corrida Tecnológica”? - Confira o artigo de Alexandre Moura no Hora Agora



Por Alexandre MOURA (*)

IA: “Corrida Tecnológica”?  

Aparentemente está havendo uma “corrida” tecnológica/comercial com relação a IA (Inteligência Artificial). Um exemplo é a disponibilização pela empresa americana, sediada na Califórnia (no Vale do Silício), Cerebras Systems fabricante de chips para computador focados em IA, de “modelos de código aberto“ (para uso por sistemas do tipo ChatGPT) para a comunidade de pesquisa e negócios, usar gratuitamente em um esforço para promover mais colaboração entre a academia e as empresas, em tecnologias/aplicações de IA”. São sete modelos (todos “treinados” no “Supercomputador Andromeda”, da empresa), com capacidades que variam de “111 milhões de parâmetros de linguagem até o modelo maior com 13 bilhões de parâmetros”. Quanto mais parâmetros, maior é a capacidade de processar “funções generativas mais complexas” (que é a “capacidade de gerar conteúdo, realizar tarefas e interagir com humanos replicando a criatividade”).

IA: “Corrida Tecnológica”?  (II)

Com relação à quantidade de “parâmetros de linguagem” e para comparação, o chatbot ChatGPT do Laboratório OpenAI (já mencionado em colunas anteriores) lançado no final do ano passado, “tem 175 bilhões de parâmetros e pode produzir poesia e pesquisa”. Funcionalidades que ajudaram a divulgar e atrair interesse, para o “mundo” da IA, nos últimos meses. A ideia da Cerebras Systems com os modelos menores é disponibiliza-los para “colocação em celulares, enquanto os maiores rodam em computadores pessoais ou servidores”. Ou seja, em pouco tempo teremos IA “rodando” nos nossos smartphones. Devemos nos preocupar com a expansão do uso de IA no nosso cotidiano? Tem muita gente que acha que sim. O bilionário empresário americano Elon Musk, por exemplo, assinou - conjuntamente com centenas de especialistas em TI (Tecnologia da Informação) e IA - uma carta solicitando, “seis meses de moratória nas pesquisas de IA mais potentes do que o atual ChatGPT-4”. A alegação é pelo "grande risco para a humanidade" desse tipo de tecnologia. O governo da Itália também, “baniu” (pelo menos por enquanto) o uso do ChatGPT até que o resultado de “uma investigação sobre o impacto na privacidade de dados pessoais seja concluída”. Parece que agora estão vendo que a “Caixa de Pandora” da IA, começou a ser aberta e estão preocupados. (com informações da Agência Reuters)

“Clube de Empreendedores”

Complementando a missão da “Anjos do Brasil” (considerada a maior rede de investimento anjo brasileira) de “fomentar este tipo de investimento no país e apoiar o empreendedorismo de inovação”, foi criado o “Clube de Empreendedores da Anjos do Brasil”. O Clube é uma comunidade ativa e qualificada que fornece formações (incluindo o Anjos for Founders) e eventos (dentre eles a “Conferência Nacional da Anjos do Brasil”, cuja 10ª Edição acontecerá em outubro), mentorias pró-bono por investidores e advisors/conselheiros e avaliação acelerada de Startups no processo de investimento. Um dos papéis fundamentais dos “anjos” é orientar, fazer conexões e compartilhar sua experiência com os empreendedores. E essa nova iniciativa (o Clube) vai fortalecer ainda mais esse papel. Excelente iniciativa! Mais informações no endereço: www2.anjosdobrasil.net

Bigtechs e a Legislação Brasileira

Recentemente, as empresas americanas Meta Platforms Inc e Alphabet Inc (“dona” do Google) - duas das chamadas Bigtechs - estiveram em uma reunião no STF (Supremo Tribunal Federal) para “defenderem uma lei que “protege” as empresas de Internet”. A legislação diz que as empresas “não são responsáveis pelo conteúdo que os usuários postam em suas redes sociais”. Assunto inclusive, semelhante ao que está sendo discutido na Suprema Corte dos Estados Unidos e que já tratei em uma coluna passada. No caso brasileiro, as Bigtechs “estão apelando de um processo de 2017, movido por uma brasileira para que fosse removido, do Facebook, um perfil que a está prejudicando”. O julgamento desse processo pode “estabelecer jurisprudência para futuros casos relativos à responsabilidade por conteúdo publicado na rede”, que cheguem aos tribunais brasileiros. A discussão é sobre a “constitucionalidade de um artigo de uma lei de 2014 que rege a regulamentação da Internet que diz que as plataformas só são responsáveis pelo conteúdo dos usuários, caso descumpram uma ordem judicial para removê-lo”. É um tema importante e que certamente, vai estar na mídia nos próximos meses.

Abençoada Pascoa para Todos!

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Engenheiro Eletrônico, MBAs em e Comércio Eletrônico e Software Business, pela N.S. University (Estados Unidos), acionista da Light Infocon Tecnologia S/A, Diretor da LightBase Software Público Ltda, Conselheiro-Titular do SEBRAE-PB, Diretor da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado da Paraíba e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP.


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