"O potencial criativo é um recurso ilimitado" - Nova coluna de Regina Amorim



O potencial criativo é um recurso ilimitado, que as pessoas dispõem, para lidar com os desafios e as incertezas, dentro das organizações, no cenário econômico atual. No mundo corporativo é estratégico focar na criatividade para solucionar problemas e descobrir oportunidades. Pensar de forma criativa e inovadora é talvez tão importante quanto ter o domínio de informações ou lidar com fatos novos.

Chamamos de criatividade a capacidade própria e exclusiva do ser humano de raciocinar de forma construtiva. Essa capacidade é utilizada e desenvolvida em cada indivíduo, conforme os estímulos, as limitações e os bloqueios, vivenciados no seu processo de socialização.

Para o psicólogo humanista Abraham Maslow “o homem criativo não é o homem comum ao qual se acrescentou algo; o homem criativo é o homem do qual nada se tirou”.

Com essa definição de Maslow, é possível concluir que a criatividade não é apenas coisa de gênios, mas de pessoas comuns, que no dia a dia, incluem soluções criativas nas organizações. Exercer a criatividade é uma atitude prazerosa que gera felicidade nas empresas. As manifestações da prática da criatividade no dia a dia é o que chamamos de inovação.

O comportamento criativo se mantém presente no modo de ver a vida, no estado permanente de espírito, na linguagem oral de improviso das pessoas. Os indivíduos mais criativos geralmente são bem-humorados, mais flexíveis, se comunicam melhor e em sua maioria são também empreendedores e buscam o autoconhecimento.

Eu aprendi que o autoconhecimento é a porta de entrada para a criatividade. É a capacidade de definir as suas prioridades. É um dos caminhos para o desenvolvimento da autoestima e da capacidade criativa, que possibilita o desbloqueio das competências e potencializa a criatividade.

As competências e potencialidades dos seres humanos, quando ativadas pelas informações recebidas, serão mais bem aproveitadas e otimizadas na ação criativa, conforme a percepção de cada indivíduo. Cultivar o autoconhecimento é ganhar autoconsciência, autoestima e segurança, para implementar criatividade em qualquer ambiente organizacional.

É importante ter a mente aberta, sem bloqueios e sem censura, quando se busca a solução certa e criativa. A abertura da mente é uma forma de gerar diversas alternativas que fogem do pensamento racional e possibilitam o desapego mental. 

Vale a pena explorar as possibilidades do comportamento criativo e do aperfeiçoamento da personalidade própria, exercendo melhor a nossa individualidade. Também é preciso ter consciência dos inimigos pessoais da criatividade, que dificultam a produção, a evolução e o aprendizado. Estão na lista a acomodação, o egocentrismo, a insegurança, o pessimismo, a preguiça mental e outros.

A motivação é vital para a criatividade, entretanto a grande maioria das organizações priorizam mais as rotinas do que a ousadia das novas conquistas, acreditando que o pensamento criativo contraria o fluxo do raciocínio lógico, na direção da sobrevivência.

Os empreendimentos que não inovam, serão penalizados pelas suas atitudes conservadoras e pela incapacidade de se adaptar às novas situações de mercado.  Quanto mais flexível for o planejamento das empresas, mais fácil poderão se adaptar e se antecipar às incertezas do mercado. 

A dinâmica da inovação é valiosa no mundo atual, principalmente nas organizações onde as pessoas estão continuamente aprendendo a aprender juntas, e em constante processo de mudança.  Só é possível inovar processos com criatividade, se houver o engajamento das pessoas.

Alguns fatores são determinantes para tornar a criatividade tão necessária nas empresas: a tecnologia da informação, a gestão do conhecimento, a necessidade cada vez maior das empresas se reinventarem, o novo perfil do consumidor, o enfrentamento da concorrência com ideias, o gerenciamento menos controlador e mais facilitador.

A criatividade na empresa passa a ser um diferencial que se encontra no seu capital humano, portanto, depende da capacidade empreendedora e dos seus colaboradores, na conquista de novos mercados, na mudança de processos ou no lançamento de produtos inovadores. A criatividade é a certeza da organização eficiente do futuro!

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"Regina Amorim é formada em Economia pela UFPB, Especialização em Gestão e Marketing do Turismo pela UNB - Universidade de Brasília e Mestrado em Visão Territorial para o Desenvolvimento Sustentável, pela Universidade de Valência - Espanha e Universidade Corporativa SEBRAE. Atualmente é Gestora de Turismo e Economia Criativa do SEBRAE/PB".

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