A inovação movimenta a economia, transformando ideias e conhecimento em produtos e serviços. Nos tempos atuais, as empresas que não investem em inovação, colocam seu futuro em risco. A inovação será cada vez mais importante nos próximos anos.
Peter Drucker diz que “inovação é a ferramenta específica dos empreendedores, o meio pelo qual exploram as mudanças como oportunidades para um negócio ou serviço diferente”.
As empresas inovadoras são movidas pela habilidade de estabelecer relações, identificar oportunidades e tirar proveito delas. Por isso crescem a uma velocidade maior que as empresas que não inovam. A paixão por mudanças sociais e ambientais, está associada à melhoria das condições de vida com sustentabilidade.
As empresas menores têm mais agilidade e flexibilidade na tomada de decisões, entusiasmo e paixão pela inovação. O propósito de inovar é criar valor a partir de alguma inovação, seja comercial ou social, mas que seja uma mudança para um mundo melhor. Nesse cenário de inovação social, o empreendedorismo social cria alguma forma de valor para fazer a diferença na vida das comunidades.
Para os empreendedores sociais, conectar o mercado e a agenda socioambiental permite soluções mais escaláveis para os resolver problemas, com o uso de novas tecnologias. A inovação social incorpora no seu conceito, além da dimensão social, a dimensão ambiental, ética e cultural, através de uma abordagem inclusiva e colaborativa, para enfrentar os problemas socioambientais. O Estado e as políticas públicas continuam sendo importantes na sociedade, somando aos negócios de impacto.
É possível abrir um negócio de impacto social e transformar realidades, por meio do empreendedorismo social. A base do empreendedorismo social é criar um negócio que resolve um problema social ou ambiental e ainda dá lucro. Empresas mais criativas apresentam um crescimento maior, em comparação com as demais empresas.
Para o Sebrae, negócios de impacto social são “iniciativas economicamente rentáveis, que por meio da sua atividade principal oferecem soluções para problemas sociais e/ou ambientais, utilizando mecanismos de mercado”. Sebrae apoia os negócios de impacto social, porque eles contribuem para o desenvolvimento sustentável e fortalecem as pequenas empresas, que buscam despertar uma nova consciência social, respondendo a problemas concretos, do cenário econômico e social do Brasil.
Alguns setores são prioritários para a atuação em negócios de impacto social, tais como a agricultura, o artesanato, a educação, cultura, energia, água, habitação, meio ambiente, inclusão digital, saúde, turismo.
O reaproveitamento e a reutilização de água, para uso doméstico, em comunidades que sofrem com a falta de água, a capacitação de pequenos agricultores dentro das técnicas da agroecologia, na produção de orgânicos para os consumidores, são exemplos de negócios de impacto social. A produção de artesanato, que pode utilizar resíduos gerados de outras empresas, para a geração de renda dos artesãos envolvidos, o desenvolvimento de tecnologia para geração de energia solar, como é o caso de fogões solares, a preços acessíveis para famílias sem acesso à rede de distribuição elétrica.
A produção e comercialização de tijolos ecológicos para baratear o custo de habitação em comunidades pobres. É possível um negócio social que presta serviços a grandes empresas, que desejam certificar suas operações e obter licenças ambientais. Empresa que orienta sobre o manejo sustentável em área de reservas ambientais.
No turismo, pode ser uma agência de receptivo que tem compromisso com o desenvolvimento dos locais visitados por seus clientes, oferecendo vivência e conhecimento sobre as manifestações culturais locais, além de preparar a comunidade local para receber bem os turistas.
O empreendedorismo social avança, porque as empresas perceberam que podem ampliar seus ganhos a partir de uma maior atuação na agenda socioambiental. O Sebrae tem contribuído na qualificação do empreendedor social, no planejamento, gestão e avaliação de impacto social e na construção de parcerias estratégicas para o fortalecimento dos negócios de impacto social e a sua contribuição no desenvolvimento sustentável.
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"Regina Amorim é formada em Economia pela UFPB, Especialização em Gestão e Marketing do Turismo pela UNB - Universidade de Brasília e Mestrado em Visão Territorial para o Desenvolvimento Sustentável, pela Universidade de Valência - Espanha e Universidade Corporativa SEBRAE. Atualmente é Gestora de Turismo e Economia Criativa do SEBRAE/PB".