A Prefeitura de Campina Grande investe, por ano, cerca de R$ 25 milhões de reais só com a limpeza urbana. A quantia pode até parecer um exagero, mas que é a realidade, sai dos cofres públicos. E desse total pelo menos 20%, ou seja, cerca de R$ 5 milhões, seriam economizados se uma pequena parcela da população não fizesse o descarte indevido de resíduos sólidos.
Esse material é colocado em terrenos baldios, forçando a gestão a utilizar equipamentos pesados e até locando outros veículos para fazer a limpeza.
Só de janeiro até maio deste ano foram mais de 40 mil toneladas de resíduos sólidos recolhidos por meio da coleta domiciliar, principalmente de limpeza de terrenos baldios, que além de causar transtornos à própria população, onera os cofres públicos ainda mais.
Um relatório do setor financeiro da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma), revela que, mensalmente, a gestão Bruno Cunha Lima paga R$ 1,1 milhão à empresa MB Limpeza Urbana, responsável pela coleta domiciliar. Essa coleta é realizada três vezes por semana nos bairros e distritos e, diariamente, na área central.
Também são disponibilizados R$ 500 mil para o aterro sanitário; R$ 400 mil com locação de máquinas pesadas, para recolher entulhos e resíduos dos terrenos baldios, e mais de R$ 100 mil reais com combustível. Há também os salários dos servidores.
O secretário Geraldo Nobre Cavalcanti, titular da Sesuma, afirma que é obrigação da Prefeitura fazer a limpeza urbana, até porque a população paga seus impostos (IPTU) e merece ter uma cidade limpa. No entanto, o uso indevido de terrenos baldios e de canais para depósito de lixo é uma prática irregular e causam prejuízos de aproximadamente R$ 500 mil. Esse valor poderia ser investido na pavimentação de ruas, na educação e saúde.
Durante o Maior São João do Mundo, quando a cidade recebe milhares de turistas, a Prefeitura contratou 265 prestadores de serviços para reforçar a limpeza da cidade e novos equipamentos. A gestão faz um apelo à população para que o quesito “limpeza” continue sendo bem avaliado, como nos anteriores.
Números da coleta
Só até maio deste ano foram recolhidas mais de 40 mil toneladas de resíduos sólidos; 23 mil de coleta domiciliar; 15 mil de terrenos baldios e 2.300 de outros locais. Foi dada a destinação correta de 270 toneladas de produtos recicláveis e 116 toneladas de pneus inservíveis.
Além da coleta, a Sesuma fez 18 mil quilômetros de varrição; 2.700 quilômetros de capinação; 130 quilômetros de patrolamento de estradas e ruas. Na operação tapa-buracos, 3.400 m² de reposição em asfalto pré-misturado e 160² de calçamento.
No meio ambiente, além da podagem, o programa Minha Árvore doou e plantou quase 3 mil mudas e tem à disposição da população, em seu viveiro, 22.400 mudas de 27 espécies.
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