O que fazer, quando não há mais nada a fazer? – Por Waltair Pacheco


Esta frase é bastante conhecida no meio da saúde, quando pacientes chegam a uma condição ou estado onde a medicina não tem mais nada a oferecer, isto é, não há mais medicamentos a serem prescritos, não há mais indicativos de cirurgia, não há solução conhecida e ou viável, ou seja, pacientes terminais.

Também é pensada para pacientes que sofrem com problemas neurológicos, que mesmo não sendo terminais, tenham uma vida longa pela frente de limitações físicas e ou mentais, além de em outros casos, sofrerem com a degeneração progressiva.

Buscando uma solução o meio encontrou a chamada medicina alternativa (reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, como especialidade médica – 2011), que basicamente consiste numa visão diferenciada para o problema, isto é, uma mudança na forma de enxergar a problemática com perspectivas de ações que gerem oportunidades.

A realidade do Brasil nos dias atuais nos faz refletir na condição de uma doença terminal do ponto de vista jurídico e político para o País, onde o meio através de seus representantes legais, não consegue aplicar nenhuma medida que promova a cura, se quer reabilite o paciente, ou seja, mantenha a funcionalidade ideal, necessária.

Também nos mostra uma situação de problemas neurológicos onde há limitações físicas e mentais além de uma degeneração e ou degradação progressiva neste meio, em uma longa vida.

Numa outra conotação ou sentido figurado, o Brasil é um barco à deriva, onde os tripulantes e até mesmo os passageiros não conseguem produzir uma saída, não há o que ser feito.

O País está sem rumo, sem direção certa, extraviado, desgarrado, rumando ao sabor dos ventos de um grande vendaval ou até mesmo de um grande tornado.

O que fazer quando não há mais nada a fazer?

Em ambas situações ancoradas para a metáfora, há muitos relatos de sobreviventes, de pessoas que venceram as condições improváveis ou humanamente impossíveis, através da fé em Deus, tido por muitos como um paliativo, isto é, pode amenizar o sofrimento, mas, não produz a cura, não resolve o problema.

O que nos salta a vista então ou o que nos faz pensar diante destas situações, é que quando não há mais nada a fazer, faz-se o improvável, faz-se o que não se tem lógica, o que é alternativo, o que se tem como paliativo, usa-se a fé posta em Deus.

A fé em Deus muda o cenário caótico, devastador, perturbador, sombrio e mortal. Foi assim na vida de muitos homens, na vida de uma Nação inteira.

Esta fé derruba as muralhas da ideologia, destrói as fortalezas da injustiça, solta os grilhões da ditadura, despedaça as correntes da censura.

Esta fé ainda, ressuscita os sonhos que morreram, restaura as esperanças despedaçadas, reabilita os projetos que foram desprezados.

Transporta os montes, abre os mares, faz a terra parar, o tempo retroceder...

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