Mesmo com o fim da pandemia e a melhora dos indicativos econômicos, os preços dos supermercados se mantêm em um patamar muito elevado e, inclusive, registrando aumentos sequenciados. Itens essenciais da cesta básica, como o feijão, arroz, café e óleo, inclusive, além de seguirem longe dos níveis anteriores à pandemia, volta e meia tornam a subir sem maiores esclarecimentos.
Durante entrevista ao Jornal do Meio, da rádio Campina FM, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba (foto), foi questionado sobre o problema e não empregou meias palavras ao afirmar que os preços estariam em alta por conta de um oportunismo do setor de supermercados.
“A pandemia, com o ‘fecha-tudo’ e o ‘para-para’ aumentou tudo, fez os insumos (da produção aumentarem. E tem a guerra da Ucrânia que prejudicou e aumentou o custo de produção da maioria dos produtos”, afirmou o dirigente.
“Só que agora a gente está numa queda. Os produtos nossos estão sendo desvalorizados, está diminuindo o consumo, inflação e desemprego aumentando, só que nos supermercados o preço não baixa”, completou o raciocínio.
Perguntado onde estaria ficando essa "gordura" que mantém os preços em alta, já que, segundo ele, não seria no bolso do produtor, Mário Borba foi direto. "Está ficando na ponta, que é o supermercado e é quem está ganhando com isso", disse.
Conforme o presidente da Faepa, essa “gordura” de um lucro que acabou sendo majorado em meio à crise explicaria a explosão de estabelecimentos. Nunca vi crescer tanto o número de supermercados. Quantos supermercados, quantos atacadões foram abertos nesse período? Vejam quantos abriram em João Pessoa, em Campina Grande”, ponderou.
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