Governo acelera pagamento de emendas às vésperas de votação sobre Zanin


O governo Lula resolveu abrir as portas dos cofres e acelerar a liberação de recursos após amargar derrotas na Câmara e sob uma série de reclamações de parlamentares. A informação é do jornal O Globo, que acrescenta: foram, ao todo, R$2,4 bilhões pagos no mês de junho. 

Conforme a publicação, a liberação do dinheiro público para atender redutos eleitorais de deputados e senadores acontece às vésperas de votações importantes para o Executivo, agendadas para essa semana, como a análise do projeto do novo arcabouço fiscal, que deve ser votada no Senado, mas passar por nova votação na Câmara, e a indicação do advogado Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF).

O Globo ressalta que o Palácio do Planalto já tinha empenhado um montante bastante expressivo para reverter as dificuldades enfrentadas em votações no Congresso, mas, a diferença é que Lula ainda não havia feito pagamentos no volume das últimas duas semanas. Até o mês passado, o total efetivamente desembolsado pelo governo não passava de R$ 27 milhões.

Anteriormente, a boa vontade para liberar emendas havia sido presenciada no fim de março, justamente em uma semana atribulada entre o Executivo e o Congresso. Naquele momento, a Câmara havia imposto derrotas ao Palácio do Planalto ao aprovar o projeto do chamado marco temporal das terras indígenas e ameaçava não votar a MP dos Ministérios, que organizou as 37 pastas no atual desenho da Esplanada.

Para aplacar o legislativo, Lula empenhou nada menos que cerca de R$ 1,7 bilhão em emendas para os parlamentares em um único dia.

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