A maioria dos trios de forró que toca nas ilhas, na Pirâmide e no Palco Cultural é de Campina
Depois de reunir pouco mais de 212 mil pessoas em quatro dias, segundo cálculo do Corpo de Bombeiros, o forró continua correndo solto na cidade cenográfica do Parque do Povo em Campina Grande. Nesta segunda-feira, 05, o público prestigiou a programação da Arena Cidade, onde estão as três ilhas de forró, chamadas Zé Bezerra, Seu Vavá e Zé Lagoa. Os visitantes que gostam de dançar um arrasta-pé chegaram a partir das 18h. O Palco Cultural e a Pirâmide também tiveram os trios como protagonistas.
São dois trios de forró por noite em cada ilha, durante os 32 dias de festa, o que significa 192 atrações musicais que tocarão até o domingo dia 2 de julho. No Palco Cultural houve shows de Cícero Romão e Raízes Nordestinas nesta segunda-feira. Já na Pirâmide, tocaram Esquema de luxo e Cícero Andrade.
A Ilha de Zé Bezerra fica próxima à Catedral Cenográfica. O Trio Tradição começou o forró logo cedo e a banda Forró Penerado continuou a puxar o fole até encerrar a noite.
A cantora de banda de forró Verônica Rios, que mora no bairro Malvinas, em Campina Grande, estava apreciando o show dos colegas nesta ilha. “É um mês alegre, produtivo e festivo. Minha família toda toca em bandas, temos muitos músicos se apresentando este mês nas ilhas e pirâmide. Eu sou fã dessas ilhas, cresci vindo dançar forró nelas”, relembrou.
Já a cozinheira de salgados, Andrezza Festt, moradora do bairro Palmeira gosta de frequentar as ilhas quando tem pouca gente, como nas segundas-feiras. “Eu tenho irmãos que são músicos e adoro participar dessa festa junina. Acho ótimo dançar nas ilhas, danço até sozinha mesmo, porque é o tipo de forró que eu amo dançar”, explicou.
A lha de Seu Vavá tinha um trio que estava dando o que falar, As Favoritas do Forró, formado somente por mulheres. Em seguida foi a vez do Trio Chapéu Virado fazer o povo forrozar.
Um dos forrozeiros mais assíduos do Parque do Povo estava se peneirando na entrada da ilha. O pintor de paredes do bairro Alto Branco, Romero Lopes, contou porque estava ali. “Eu gosto mais do ambiente da ilha de forró do que onde tem os shows. Fui barraqueiro no Parque durante dez anos, eu e minhas irmãs. Antes, eu já costumava vir na segunda que é mais tranquilo, dá para comer e tomar cerveja sem tumulto”, disse.
Na Ilha de Zé Lagoa, que fica próxima à Pirâmide, quem estava animando a todos era Zé Otacílio. Depois, teve o Trio Forró Bom Todo. A nutricionista Clarissa Marques, moradora do Jardim Paulistano, vem para as ilhas porque gosta mais do forró que representa autenticamente o São João. “Todos os anos eu venho quase todas as noites, nem que seja só para comer, mas que seja ao lado das ilhas forrozeiras”, brincou.
Bode da Revoada
Nesta segunda-feira também chegou à Campina Grande o Bode da Revoada, no qual o cantor João Gomes já deu uma volta. É uma espécie de triciclo com aparência de bode. O dono do brinquedo, conhecido por Maycon dos Bodes, veio com a atração direto do Crato (CE). Para tirar foto montado no bode custa R$ 8, e para dar uma volta, R$ 12.
“Costumo andar com o Bode Revoada em Caruaru e Crato. Sempre dou um jeito de mostrá-lo aos artistas famosos, como Solange. Tiro foto, faço vídeo e posto no meu Instagram. Eu espero animar o pessoal nessa festa, ganhar um dinheiro. O nome do bode? É porque ele aparece nos finais dos shows, quando a revoada de gente sai, ele aparece. Às vezes até sobe no palco”, contou, sorridente.