"INCODAY 2023 no Panamá" - Leia estes e outros assuntos na coluna de Alexandre Moura



Por Alexandre MOURA (*)

INCODAY 2023 no Panamá

Na edição deste ano da “Chamada de Ideias BRAFIP”, foram inscritas 56 Ideias, originadas de 11 países diferentes (Brasil, Equador, Costa Rica, Argentina, Bolívia, Peru, Venezuela, Uruguai, México, Cuba e Portugal). Dessas 56, 40 passaram pela “primeira peneira” e seguem agora, para avaliação do “Júri Internacional”. A “Chamada de Ideias” é um convite público anual – utilizando a Plataforma SurveyMonkey - para submissão de Ideias e Projetos para PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) em Colaboração, sendo realizada em nível global, em três línguas  (português, inglês e espanhol). O objetivo principal da Chamada é “identificar oportunidades de cooperação (técnica e/ou comercial), em ideias, projetos e produtos, entre entidades brasileiras e de outros países”. Nas próximas semanas, as “40 Ideias” vão passar pela segunda fase, que consiste na analise pelo “Júri” que é um comitê ad hoc, reunido para fazer o ranking das 15 melhores ideias para apresentação de um pitch (“palestra” curta e direta, sobre uma empresa ou projeto, que tem como objetivo despertar a atenção de um investidor e/ou potencial cliente) no evento anual “BRAFIP INCODAY” (International Cooperation Day). 

INCODAY 2023 no Panamá (II)

O INCODAY 2023 acontece no próximo dia 20 de outubro, na Cidade do Panamá, América Central, com o apoio da ALETI – Federação Ibero-Americana de Entidades Empresariais de Tecnologia da Informação e também, com a parceria da “EscalaLatam”. Das 40 Ideias selecionadas para segunda fase, 24 são do Brasil (sendo 7 da Paraíba, 5 de Pernambuco, 4 do Rio de Janeiro, duas de São Paulo, duas do Rio Grande do Sul, duas do Distrito Federal, uma de Minas Gerais e uma do Paraná) e as demais  16, dos países listados no inicio do  tópico anterior.  Posteriormente ao INCODAY, a BRAFIP elabora um “PTE - Plano de Trabalho Executivo”, conjuntamente com as empresas selecionadas, para viabilizar as cinco melhores ideias apresentadas, na busca de parceiros e de investidores (que inclusive, vão estar presentes no INCODAY). A BRAFIP (cujas atividades se iniciaram em 2011) foi criada originalmente, como “Plataforma Tecnológica Brasileira”, nos moldes definidos pela União Europeia para auxiliar no desenvolvimento tecnológico dos países do Leste Europeu. Mais informações no portal www.brafip.org.br.

IA e “Valores Mobiliários” 

O uso de IA (Inteligência Artificial) por empresas que gerenciam investimentos em “Bolsas de Valores e Fundos de Ações”, estão no “Radar” do órgão “Regulador de Valores Mobiliários” do estado americano de Massachusetts. Na realidade, já existe uma investigação em andamento, “sobre como as corretoras de investimentos estão usando IA em suas relações com os clientes-investidores”. Segundo um representante do órgão controlador, “foram enviadas cartas de consulta a várias empresas que usam ou desenvolvem IA para seus negócios, incluindo os bancos JPMorgan Chase e Morgan Stanley.  A preocupação das autoridades americanas, é em relação a pouca ou até mesmo inexistente, “proteção necessária para garantir a divulgação adequada do uso de IA nas operações/procedimentos de investimentos, e que o uso dessa tecnologia, possa resultar em possíveis danos aos investidores”. A própria SEC (Securities and Exchange Commission - Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) está “exigindo que as corretoras eliminem possíveis conflitos de interesse decorrentes do uso de IA em suas plataformas de negociação”. Ou seja, as autoridades estão se antecipando (pelo menos em relação ao sistema financeiro), de forma correta, a possíveis problemas do uso indiscriminado de IA. (Com informações da SEC e da Agência Reuters).

Google: Processo Mantido

O processo contra a empresa americana Alphabet Inc (“conglomerado” que possui diretamente, várias empresas pertencentes ou vinculadas, ao Google, incluindo o próprio Google), teve novo desdobramento. Um Juiz Federal do “Tribunal Distrital do Norte da Califórnia, Estados Unidos” (U.S. District Court, Northern District of California), “negou o pedido do Google, para encerrar/arquivar o processo referente à violação da privacidade de dados dos consumidores americanos”. O processo é referente à possível “invasão da privacidade de milhões de usuários do Google, pela plataforma de busca ao rastreá-los secretamente, quando estavam utilizando a Internet”. O pedido de “indenização coletiva” (por violações das leis de privacidade da Califórnia), “vale” para os usuários (em principio, residentes nos Estados Unidos) do Google desde o mês de junho de 2016, e pode custar a Alphabet Inc até R$ 25 bilhões! Um imenso prejuízo no horizonte!

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Engenheiro Eletrônico, Mestre em Engenharia Elétrica, MBAs em  Comércio Eletrônico e Software Business, pela Nova Southeastern University (Estados Unidos), acionista da Light Infocon Tecnologia S/A, Diretor da LightBase Software Público Ltda, Conselheiro-Titular do SEBRAE-PB, Membro do Conselho de Administração do SICOOB-PB, Diretor e Ex-Presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado da Paraíba e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP.


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