Entre os dias 26 de agosto e 1º de setembro, o Instituto Histórico de Campina Grande – IHCG promoverá, na Rainha da Borborema, uma semana dedicada à memória do médico, político e historiador Elpídio de Almeida, que é o patrono da entidade. O evento “Semana Elpidiana”, que este ano estará em sua quarta versão, é uma iniciativa anual e estatutária do IHCG que reúne um conjunto de atividades variadas para rememorar as multifaces desse homem público de Campina Grande que tantas contribuições deixou para o desenvolvimento da cidade.
A agenda do evento este ano será aberta com uma missa a ser celebrada na Catedral Nossa Senhora da Conceição, no próximo domingo, dia 27, às 19h30, em intenção pelos 130 anos de nascimento de Elpídio de Almeida; no dia 28 será exibido um minidocumentário sobre o Elpídio de Almeida agente memorialista, no Programa Diversidade, na Rede ITA de Televisão.
A concentração das atividades ficará para o dia 1º de setembro, data em que este ano será comemorado o aniversário de 130 de nascimento de Elpídio de Almeida, com uma Sessão Solene de Diplomação do segundo Ocupante da cadeira número 1 do IHCG, Dr. Evaldo Dantas da Nóbrega, que tem Elpídio de Almeida como patrono.
Segundo o presidente do Instituto Histórico de Campina Grande, Prof. Vanderley de Brito, “a Semana Elpidiana não objetiva cultuar a imagem de Elpídio de Almeida, mas relembrar a importância desse vulto de nossa história local”.
Elpídio de Almeida, enquanto médico, desenvolveu importantes realizações para a cidade: foi o fundador, em 1941, da Sociedade Médica de Campina Grande, sendo seu primeiro presidente, e na sua gestão construiu na cidade o Posto de Puericultura e realizou 22 sessões técnico científicas na entidade, fundou também a Associação de Assistência e Proteção à Infância, foi um dos fundadores do Clube Médico Campestre, fundou a Liga Campinense contra a Tuberculose, dispensário que mereceu elogios do Diretor Nacional do Serviço pela excelência dos serviços prestados à população e fundou a Sociedade Mantenedora da Faculdade de Medicina de Campina Grande da qual foi seu primeiro presidente.
Como político, foi eleito prefeito de Campina Grande em duas ocasiões realizando grandes obras para a cidade, como a construção da Maternidade Municipal, da Usina de Luz Elétrica, da Rodoviária de passageiros, criou a Fundação para o Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia, iniciativa pioneira em todo o país, e incontáveis outras obras, sendo considerado um dos mais operantes gestores públicos que Campina Grande já viu.
Como ecologista, firmou o “Acordo Florestal”, entre o Serviço Florestal do Ministério da Agricultura e a prefeitura de Campina Grande, sendo o primeiro município brasileiro a criar um serviço dessa natureza, criando um viveiro e Horto às margens do Açude Bodocongó e promovendo um dos mais significativos projetos de florestamento urbano da cidade.
Como historiador, Elpídio de Almeida fundou em 24 de janeiro de 1948 o Instituto Histórico de Campina Grande, sendo seu primeiro presidente. Em 1962 publicou sua obra História de Campina Grande, livro que até hoje é a principal fonte de pesquisa sobre a história da cidade e a partir de 1964 presidiu a Comissão Cultural do Centenário de Campina Grande, criando a Revista Campinense de Cultura e inaugurando um movimento memorialístico até então jamais visto na Rainha da Borborema.
Segundo a presidente do Conselho Deliberativo do IHCG, Ida Steinmüller, Elpídio veio ainda jovem para Campina Grande, recém-formado em medicina, se estabeleceu na cidade, tornando-se campinense por adoção e um dos filhos mais apaixonados pela terra. Ele faleceu em 1971, e seu corpo está sepultado no cemitério do Monte Santo.
Assessoria