No último dia 30/08, o Brasil em especial o Nordeste viveu uma situação no mínimo curiosa, um protesto feito por prefeitos de toda região contra o governo que eles mesmos ajudaram a eleger.
Na Paraíba dos 223 municípios, registraram a participação de 170 prefeitos na manifestação organizada e executada na capital.
Há em diversos blogs nas redes sociais registro deste protesto e algumas matérias falando da adesão de prefeitos de cidades de outras regiões do País ao coro dos insatisfeitos. Ao todo segundo informações dos próprios prefeitos, um total de 16 estados aderiu ao movimento.
O curioso, inusitado e até cômico é que muitos destes mesmos prefeitos se não a maioria deles em época da campanha presidencial, postaram em suas redes sociais áudios, mensagens e até vídeos fazendo campanha para o Ex presidiário e companheiro Lula e até poucos dias eram vistos comemorando a vitória do atual governo, declarando que o amor tinha vencido.
Parece que assim como a alegria, o amor de pobre também dura pouco!
Com quase metade dos municípios brasileiros com as contas no vermelho, prefeitos de todas as partes têm feito movimento em direção a Brasília na tentativa de via deputados e ou senadores de seus estados, conseguirem uma solução para o problema da falta de dinheiro em seus cofres.
Segundo relato de muitos prefeitos a situação é caótica tendo em vista que muitos deles não conseguem se quer pagar a folha de pessoal.
De acordo com dados da Confederação Nacional dos Municípios, 2.632 cidades registram déficit primário nos seis primeiros meses deste ano, ou seja, gastaram mais do que arrecadaram.
Talvez isto seja fruto da situação vivida pelas mesmas de superávit durante o período de pandemia principalmente em 2020 quando o Governo Federal – Bolsonaro socorreu estados e municípios repassando em média R$ 391,8 milhões por dia para os mesmos, permitindo a grande maioria das prefeituras saldarem todos os seus compromissos, isto é, liquidarem suas dívidas, colocarem as contas em dia, situação revelada por muitos deles à época.
Me parece que ficaram mal acostumados e continuaram a gastar muito.
O que se noticia, é que os repasses do FPM para 2023 já foram 23,54% menores que os repassados um ano atrás. Isto com certeza é um problema, que se agrava com a falta de solução por parte do governo.
O ministro da fazenda já foi procurado por alguns deputados inclusive de seu partido acompanhado de prefeitos, mas, as notícias não foram alvissareiras, até porque o ministro parece que tem dificuldades para ajustar a pasta e os rumos do governo economicamente falando sobre todos os aspectos, o rombo nas contas já de R$ 78,2 bilhões no acumulado deste ano.
O resultado desta situação ao que tudo indica caótica para milhares de municípios, é que inusitadamente prefeitos paralisaram as atividades de suas prefeituras no dia de ontem, 30, como forma de chamar a atenção do governo para a solução imediata do problema.
Alguns fizeram uma ressalva de que os serviços essenciais como saúde, estariam funcionando, outros não destacaram esta ação, mas, fato é que o Brasil viveu um dia de greve por parte de mandatários municipais.
Já se ouve da boca de alguns destes que se a solução não for trazida à mesa de forma urgente, até entregar os cargos eles estão dispostos, tendo em vista a inviabilidade de gerir seus municípios.
Aos cidadãos destas cidades principalmente os que dependem diretamente da prefeitura que em caso de municípios pequenos é grande se não a maior parte da população, fica o assombro o medo da insegurança e incerteza de uma solução prática, efetiva e urgente para que os mesmos não sofram maiores consequências.
Aos prefeitos, que fique a lição de administrar bem o dinheiro público, de gastar com responsabilidade, de não desviar do erário, de investir bem os recursos no que é preciso, necessário, essencial para o povo.
Como se é sabido, não são poucos os que têm sido destaques na imprensa, no meio policial e ou redes sociais dos gastos exorbitantes com festas, desvios para enriquecimento pessoal, entre outras situações indevidas e ou criminosas.
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Waltair Barbosa Pacheco de Brito Junior é brasileiro, natural de Campina Grande/PB. Nascido em 04 de setembro de 1965, é formado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual da Paraíba, cristão e casado.