"Plataforma 'Mapa da Fome'" - Nova coluna de Alexandre Moura. Leia

 


Por Alexandre MOURA (*)

Plataforma “Mapa da Fome”

Em pleno Século XXI, a fome continua sendo um enorme problema em nível mundial. Segundo dados recentes, divulgados pela ONU – Organização das Nações Unidas, a “fome cresce no mundo e já atinge 9,8% da população global”. Poucos países estão livres dessa “macula”. A pandemia do Covid 19 e a guerra na Ucrânia são apontadas como fatores que contribuíram para parte, deste triste percentual. Os dados ainda apontam que, “outras formas de insegurança alimentar, atingem quase 30% da população mundial”. Com o objetivo de pelo menos minorar essa situação, Rafael Leão estudante de Ciências da Computação na UFPE - Universidade Federal de Pernambuco disponibilizou uma “solução tecnológica”, bem criativa e inovadora. O objetivo é dar “visibilidade” às pessoas com deficiência alimentar, aos doadores e aos projetos sociais focados nessa necessidade. E desta forma, através de uma ação de mobilização social com base tecnológica, ajudar a no mínimo, diminuir esse flagelo. Denominada de “Plataforma Mapa da Fome” (www.mapafome.com.br), a solução “indica quem está precisando de comida não só na rua, mas também, em casa, tornando essa necessidade visível, para as pessoas e instituições, presentes no entorno e que tenham condições de ajudar/colaborar fornecendo alimentação”.

Plataforma “Mapa da Fome” (II)

A Plataforma criada por Rafael funciona com “categorias de situação”, apontando a pessoa com fome ou em situação de vulnerabilidade alimentar, permitindo ao doador assinalar as opções conforme sua possibilidade de contribuição: alimento pronto não perecível, cesta básica, entrega de refeições em ponto fixo e/ou determinada quantidade de alimentos disponíveis para doação. Assim, Bares, Restaurantes, Lanchonetes, Feiras Livres, Supermercados e Famílias, que tenham e/ou trabalham com alimentos ainda em condições de consumo - mas que muitas vezes são descartados - “possam ser marcados” como pontos de disponibilização de produtos aptos para doação/distribuição, e desta forma, cheguem a quem mais precisa. Entretanto, a “Plataforma Mapa da Fome” não funciona sozinha, precisa da atuação de pessoas que possuam smartphone e/ou computador, com acesso a Internet para marcar estes pontos. A Plataforma consiste num mapa onde a pessoa indica onde está (se estiver habilitada no smartphone a opção “localização”, ela só “precisa apertar um botão” e o local já é marcado). Em outras palavras, é como se fosse um “Waze solidário”! O sistema tem capacidade de receber até cinco milhões de marcações e está em testes (Versão “Beta”). Para conhecer a solução acesse o site www.mapafome.com.br. Parabéns Rafael Leão pela iniciativa! Excelente ideia!

Investigação Internacional

Autoridades de “Proteção de Dados” da Alemanha, Inglaterra e França, estão investigando o “Projeto Criptográfico Worldcoin”. Trata-se de um projeto de “criptomoeda biométrica de íris” desenvolvido pela empresa Tools for Humanity, (criada em 2019, pelo executivo-chefe da OpenAI, Sam Altman e outros investidores) com escritórios em São Francisco, Estados Unidos e Berlim, Alemanha. A ideia por trás da Worldcoin é “criar uma nova identidade e rede financeira", com base em dados biométricos. Para “incentivar” as pessoas a fornecerem “suas varreduras de íris em troca de uma identificação digital”, em alguns países, estão sendo oferecidas também, “criptomoedas gratuitas”. Entretanto, existe a preocupação com a “coleta/processamento em larga escala, de dados biométricos sensíveis das pessoas”, de acordo com representantes do órgão regulador do Estado da Baviera, Alemanha, e de “ativistas de privacidade” (que há muito tempo levantam preocupações, sobre a coleta e armazenamento, em larga escala de dados biométricos dos cidadãos). Será esse um risco real de possível controle social? Lembrando que a empresa OpenAI mencionada acima, é a “dona” do ChatGPT pioneira e principal plataforma de IA (Inteligência Artificial), bastante utilizada atualmente. Coincidência? (Com informações da Agência Reuters).

Fábrica de “eVTOL”

Já está definida a localização da “Primeira Fábrica de Aeronaves Elétricas de Decolagem e Pouso Vertical”, a ser instalada no Brasil. Em um comunicado conjunto feito recentemente, pela EMBRAER e a EVE (https://ir.eveairmobility.com), a indústria dos chamados “eVTOL, terá sua planta industrial no estado de São Paulo, na cidade de Taubaté. A cidade é relativamente próxima de São José dos Campos, onde se encontra a sede da EMBRAER. A EVE é uma spin off (empresa criada como uma derivação de outra organização empresarial existente) da EMBRAER, beneficiando-se assim, dos mais de 50 anos de experiência da terceira maior fabricante de aviões do mundo. A empresa é “dedicada a acelerar o Ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana”, tendo uma mentalidade de Startup, “com um projeto avançado de eVTOL, uma rede global abrangente de serviços e suporte técnico e também, disponibiliza uma solução exclusiva de gerenciamento de tráfego aéreo”, utilizada em vários países. (Com informações da EMBRAER e da EVE).

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Engenheiro Eletrônico, Mestre em Engenharia Elétrica, MBAs em  Comércio Eletrônico e Software Business, pela Nova Southeastern University (Estados Unidos), acionista da Light Infocon Tecnologia S/A, Diretor da LightBase Software Público Ltda, Conselheiro-Titular do SEBRAE-PB, Membro do Conselho de Administração do SICOOB-PB, Diretor e Ex-Presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado da Paraíba e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP.


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