Segundo Helder Pereira, mesmo os dados da construção, único setor com saldo positivo, acabam não refletindo a realidade
O Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário do Estado da Paraíba (Sinduscon Paraíba), por meio do seu presidente, Helder Campos, revelou preocupação com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados nesta quarta-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho e Emprego em relação a Campina Grande.
O levantamento aponta um saldo negativo no emprego formal na cidade durante o mês de julho, com 2.854 admissões contra 3.228 demissões, resultando em um déficit de 374 postos. A Paraíba, por outro lado, registrou saldo positivo de 3.477 vagas formais, num cenário com 17.447 admissões e 13.970 desligamentos.
Segundo o Caged, a construção foi o único grupamento de atividades com saldo positivo em Campina, resultante de 311 admissões e 288 desligamentos, alta de 23 empregos.
No entanto, conforme Helder, parte desse resultado no setor da construção se deve, na verdade, a uma certa distorção das informações. “Empresas locais que estão na capital do estado, mas esses empregos acabam sendo contabilizados para a sede da empresa, ao invés de para o local onde efetivamente foram gerados”, explicou.
Ainda de acordo com o presidente do Sinduscon Paraíba, o cenário é de preocupação e desafia as autoridades e a sociedade civil à busca de alternativas. “Campina Grande tem hoje uma desnutrição no setor da construção civil porque há poucas obras instaladas em nossa cidade”, frisou.