A IMPRENSA fomenta a violência? – Calma, que é só o começo... (Por Saulo Nunes)

Primeiro ponto: onde houver a palavra IMPRENSA, em caixa alta, trate-a como a parcela desse segmento profissional que NÃO se encaixa na honrosa missão do Jornalismo. Sim, todos os setores produtivos da sociedade toleram sua fatia nociva, e as empresas de comunicação acabam deixando isso bem escancarado em vídeos, áudios e letras. É só abrir o celular. 

Mas atenção: se você não conseguiu entender o que diz o primeiro parágrafo, nem passe para o terceiro. Pare aqui mesmo. Eu gosto de escrever para quem consegue interpretar.

A IMPRENSA brasileira – e obviamente a paraibana também – é corresponsável pelo crescimento da violência no país. Pode torcer o nariz; é de graça. Mas eu vou repetir: a IMPRENSA brasileira vem, ao longo de anos, contribuindo para a linha crescente de choro, sangue e ranger de dentes nos quatro cantos do Brasil.

Por ação ou omissão; por ignorância ou má-fé; por flagrante despreparo ou para alcançar objetivos duvidosos. Ano após ano, entre aqueles cinco dedos de uma mão que segura uma arma de fogo prestes a sangrar mais um corpo em vida, um deles é da IMPRENSA. Acredite! Eu não diria isso sem estar convicto do que estou falando.

Se quiserem provas, eu apresento nos próximos artigos. Coleciono alguns episódios bem guardados para o oportuno deleite de quem ama o que faz: escrever sobre ‘segurança’. Mas por hoje, vou filosofar nas ondas do empirismo que, com um pouco mais de esforço, revela-se Ciência pura. 

Por hoje, eu fico com o que vejo e ouço de amigos policiais (e afins), acerca de suas ‘impressões’ da IMPRENSA. A IMPRENSA não gosta tanto de ‘pesquisa’? Pois é, eu também. Há quase 15 anos, eu pesquiso essa relação IMPRENSA x polícia. Vejo, observo, pergunto, ouço, anoto, reflito e vivencio também, na prática – real, difícil e perigosa –, o que é ser um agente de segurança pública no Brasil, aos olhos da IMPRENSA.

E como todo experimento exige uma ‘conclusão’, a minha é estarrecedora. Ela me revela, por exemplo, que é por causa também da IMPRENSA que as instituições policiais vêm atravessando fases deploráveis, sob vários aspectos. Não vou listá-los agora porque, como disse, hoje eu me entrego à Filosofia. O que acontece entre nossas cabeças e o firmamento, a gente deixa para garimpar em textos vindouros.

É uma pena que, assim como a parte boa das polícias (os fracos entenderão em artigos futuros), o Jornalismo também vem deixando de oferecer à sociedade o serviço que prometera, ante o crescimento da IMPRENSA. 

Ela, a IMPRENSA, vem devastando tudo, disseminando a desinformação e fertilizando o campo da violência, conforme detalharei nas próximas publicações. 

Quem viver, lerá. 

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Saulo Nunes é policial civil e escritor

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