As empresas do futuro são modelos de negócios que têm flexibilidade, adaptabilidade e uma cultura organizacional de transformação contínua, conforme a velocidade das mudanças do mercado.
Para muitos empreendedores as mudanças sempre soam como oportunidades para inovar e receber investimentos significativos. Para aqueles que querem fazer a diferença e ser bem-sucedido, não tenham medo das mudanças, pois elas são necessárias, neste mundo instável e imprevisível. Ter medo de errar significa ter medo de inovar. As boas práticas de gestão e governança são fundamentais para manter as empresas competitivas.
No ambiente empresarial ainda é comum encontrar pessoas com muito conhecimento, mas não conseguem pensar diferente, criar um modelo mental para uma nova jornada contra a obsolescência. Quanto mais os mercados mudam, mais o que sabemos se torna ultrapassado, sendo necessário, mais conhecimentos, mais leveza e flexibilidade, para adaptar-se a um novo tempo.
Continuar fazendo as mesmas coisas, não garante a continuidade das organizações. Mais importante do que o saber é a maneira como se pensa, ou seja, ser capaz de pensar diferente. A mudança é uma constante e será cada vez mais acelerada, por isso é fundamental manter-se aberto e flexível para mudar, sem controlar ou prever o futuro.
Empresas que não evoluem podem ser um risco ao futuro econômico. O mais adequado é construir um negócio, que se adapta e continua inovando de forma permanente. Ser inovador é ser curioso, criativo e imaginativo.
Em tempos de profundas mudanças é preciso as melhores práticas de uma governança corporativa que contribua para os objetivos da empresa. A boa governança é aquela que incentiva os empresários a reaprender todos os dias, encontrar maneiras de se manter relevantes no mercado e gerar valor para os seus clientes. O que torna as empresas lentas é uma governança centralizadora de recursos e de decisões. Ela precisa ser ágil e possibilitar autonomia nas deliberações.
A estratégia corporativa só acontece onde há o desejo de efetivar mudanças. Ela começa com a conscientização sobre a reinvenção e a construção do presente, avaliando os conhecimentos adquiridos e as possibilidades de um futuro possível.
As organizações do futuro não temem as mudanças, nem as novas tecnologias. Elas usam o propósito de entregar valor ao cliente, para ampliar as suas possibilidades de continuidade no mercado. Empresas feitas para durar se renovam constantemente, para obter vantagens competitivas em seus mercados, uma forma de manter-se relevante.
A jornada de uma empresa para um novo ciclo de desenvolvimento e inovação, não passa necessariamente por uma disrupção, mas por uma estratégia e prática de mudança cultural na organização. Os novos modelos de negócios serão cada vez mais imbatíveis, ocupando novos mercados e desafiando as grandes corporações. Utilizam novas tecnologias para conhecer melhor o seu cliente, ganhar a sua atenção e a sua confiança.
Modelos de negócios que geram valor estão mais propensos a atrair a atenção dos clientes. A geração de valor para os clientes deve perdurar por longo e indeterminado tempo.
As tecnologias continuam avançando e novas formas de explorá-las surgirão todos os dias, por isso o processo de transformação digital passa a ser essencial na forma como a organização atua. Quando a empresa passa a utilizar tecnologias relevantes para resolver problemas e entregar mais valor ao seu cliente, mesmo que iniciando um processo de mudança, já está em andamento a transformação digital.
As empresas do futuro devem ser mais enxutas, mais fluidas, com menos níveis hierárquicos e mais agilidade para tomar decisões. Elas estimulam todos os seus protagonistas a fazer bom uso da tecnologia.
Para isso acontecer é preciso criar a cultura da experimentação, lidar com as falhas, que não causam danos, mas conseguem desenvolver equilíbrio entre a liberdade e a responsabilidade para experimentar e inovar.
Cabe às lideranças do futuro construir um ambiente de confiança, para a transformação contínua, permitindo que as pessoas sejam mais observadoras, dinâmicas e criativas, que tenham autonomia e responsabilidade para aprender a tomar decisões, de maneira ágil.
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"Regina Amorim é formada em Economia pela UFPB, Especialização em Gestão e Marketing do Turismo pela UNB - Universidade de Brasília e Mestrado em Visão Territorial para o Desenvolvimento Sustentável, pela Universidade de Valência - Espanha e Universidade Corporativa SEBRAE. Atualmente é Gestora de Turismo e Economia Criativa do SEBRAE/PB".