Segundo o psicólogo George A. Kelly, as nossas ideias têm o poder de nos libertar ou nos aprisionar. E ainda podemos criar os mundos nos quais vivemos e sempre com possibilidades infinitas de recriá-los.
A imaginação é a fonte da nossa criatividade. Já a criatividade é sinônimo de inovação. Significa colocar a imaginação na prática. Usando a imaginação podemos antever vários futuros possíveis. Usando a criatividade podemos fazer algo inovador e ser considerado criativo. Ser criativo envolve também sentimentos, que são uma dimensão constante da consciência humana. As relações entre pensamento e sentimento estão presentes no processo criativo, seja nas artes ou nas ciências.
De onde surgem as novas ideias? Elas surgem em nossas mentes, em qualquer momento, durante nossos sonhos ou quando estamos com algum problema para solucionar. As empresas mais inovadoras utilizam algumas ferramentas para fomentar novas ideias, tais como, storyboards ou brainstorming para explorar e avaliar as opções de ideias.
Ter mente aberta para a inovação exige de cada um de nós mudanças significativas, em termos de atitude correta, curiosidade pessoal e paixão pelo que faz. A capacidade criativa faz parte do ser humano e se caracteriza como formas alternativas de ver, pensar, agir e se comunicar.
Quando você visita uma feira de negócios criativos e colaborativos, a exemplo da FINCC, que aconteceu em João Pessoa – PB, você se identifica com vários expositores, cuja criação, parece ter sido selecionada para atender você, que compartilha de alguns sonhos e necessidades comuns.
Todas as empresas inspiradoras, seja qual for o tamanho ou setor, pensam, agem, se comunicam e alcançam objetivos de forma semelhantes. Certamente que nada é por acaso. Muita pesquisa, observação, relacionamentos com os clientes, parcerias com atores culturais locais é o que inovadores de sucesso devem fazer sempre.
Trago o exemplo das indústrias paraibanas de vestuário - APAVEST, que têm o algodão orgânico e o artesanato de renda renascença e crochê, no seu conceito de moda criativa, circular, sustentável e autoral.
Coleções belíssimas de moda e acessórios criativos, saíram do lugar comum, agregaram valor aos produtos, de forma inovadora, sustentável e cultural, mostrando que a diversidade e a criatividade fazem parte dos negócios bem-sucedidos. Essa percepção foi comum em todos os segmentos da economia criativa da região Nordeste, presentes na feira de negócios criativos e colaborativos.
O ambiente de uma feira de negócios, também é uma forma de pesquisar o mercado e avaliar a concorrência. Só se ganha dinheiro quando se resolve os problemas dos clientes. Esses empreendedores criativos são exemplos do que pode acontecer quando prestamos atenção às necessidades dos clientes.
A FINCC nos proporcionou o sentimento de pertencer que é uma necessidade constante de todas as culturas, onde indivíduos compartilham seus valores e crenças, se conectam e se sentem seguros. Nosso desejo de sentir pertencimento é tão poderoso que fazemos esforços para atendê-lo. Por isso é tão importante observar como seus produtos podem ser atraentes. Quando uma empresa comunica com clareza o seu “porquê” é possível que os clientes possam incluir esses produtos e essas marcas nas suas vidas.
Somos atraídos por empresários que são bons em comunicar sobre o que acreditam, sua capacidade de nos fazer especiais, inspira pertencimento e fidelidade. Aprendi que as pessoas não compram “o que”, mas “o porquê” do que você como empreendedor faz. Na ausência de um “porquê” é mais difícil decidir sobre uma compra.
O processo das artes compreende dar forma e significado à vida dos sentimentos, seja na música, na poesia, na literatura, na dança, na gastronomia, na arte visual, na arte popular. Por isso que sentimos bem-estar ao vivenciar o cenário e as experiências de uma feira de negócios da economia criativa. Ser sensível a você e aos outros é a essência do nosso verdadeiro poder criativo, imprescindível nos negócios, nas comunidades e na nossa vida pessoal.
Mais importante do que um excelente produto no mercado é construir uma cultura com foco no cliente e não no produto.