Criador da Corrida do Bem, Bruno permite um mal à FAP - e às vidas que dependem do hospital


Por Lenildo Ferreira

É totalmente incompreensível. Como, aliás, o são tantos e tantos aspectos de um governo que se revela desastroso nas ações, nas omissões e, sobretudo, nas relações institucionais e humanas. 

A FAP, referência no estado para tratamento de pacientes com câncer – ou seja, uma instituição literalmente vital para milhares de pessoas, sobretudo pobres – sofre para receber recursos que deveriam ser destinados pela prefeitura. No total, algo em torno de R$12 milhões.

Sem qualquer avanço nas muitas tentativas de diálogo com o governo Bruno Cunha Lima, a superintendência da FAP ingressou com medida extrajudicial para tentar ter acesso aos valores, que seriam decorrentes tanto de emendas federais quanto de custeio de produção.

Somente após a ação, houve progresso no diálogo que, no entanto, ainda carece de efetividade. E a FAP, precisando cumprir seu papel de salvar vidas (o que não pode esperar), agora precisou recorrer a um empréstimo.

Impressiona que Bruno, quando deputado, foi o criador da Corrida do Bem, evento destinado a ajudar inclusive a própria FAP. 

Agora, como prefeito, permite que a fundação suporte esse quadro, um mal que, na verdade, fere pessoas humildes em um momento já tão difícil, que é o enfrentamento de uma doença grave.

O diagnóstico é triste e inevitável: Campina Grande está muito doente.

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