Chegando ao fim do terceiro ano de governo em meio a uma crise de avaliação sem precedentes e prestes a perder a maioria na Câmara Municipal, o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, quer reforçar o caixa destinado à publicidade institucional com uma suplementação da ordem de meio milhão de reais.
É o que prevê mais um pedido de remanejamento orçamentário enviado pelo chefe do executivo para a Câmara Municipal de Campina Grande. Ao todo, Bruno pede a realocação de um expressivo montante superior a R$50 milhões.
Enquanto a comunicação vai receber aporte, o prefeito cortará verba que seria destinada a ações de revitalização do centro, uma necessidade premente até para a economia de Campina Grande.
O remanejamento também prevê a retirada de quase R$ 20 milhões para melhoramentos da infraestrutura viária, outros R$3 milhões que iriam para urbanização, e – outro corte importante – R$ 20 milhões que seriam destinados para amortização e encargos da dívida pública, dentre outros setores fundamentais que perderão recursos.
ORÇAMENTO VIROU COLCHA DE RETALHOS
Entre setembro e outubro, Bruno Cunha Lima enviou nada menos que sete pedidos de modificação no orçamento do Município. Parte foi para remanejamento de recursos. A frequência demonstra a instabilidade do governo em relação ao planejamento e execução das ações, refletindo o evidente cenário de profundo desencontro na gestão de Bruno.
PRESSA PARA APROVAR
O chefe do executivo, desta vez, enviou o projeto de remanejamento para a Câmara Municipal logo no dia seguinte ao julgamento no Tribunal Regional Eleitoral no qual a corte já formou maioria para cassar os registros do DEM e do Pros nas eleições de 2020, o que, se consolidado, fará com que Bruno vivencie uma experiência inédita para prefeitos da cidade nas últimas décadas: perder a maioria no legislativo.