Muita gente não entendeu o que aconteceu nesta quinta-feira, 16, quando um oficial de Justiça entregou uma notificação ao presidente da Câmara, vereador Marinaldo Cardoso, pouco antes da sessão ordinária. Não se trata de um novo pedido de impeachment contra o prefeito Bruno Cunha Lima.
Na verdade, Marinaldo foi notificado para prestar informações à Justiça sobre um mandado de segurança impetrado pelo advogado e militante do PSOL Olimpio Rocha contra a decisão da Câmara que, em 14 de junho de 2022, rejeitou o recebimento de um pedido de impeachment, de autoria do mesmo Olimpio, contra Bruno.
Naquela ocasião, apenas dois vereadores foram contra a rejeição: Olimpio Oliveira e Jô Oliveira.
Ocorre que, segundo o autor da ação, não houve a leitura da íntegra da denúncia contra Bruno, o que justificaria a anulação daquela votação. E, portanto, uma nova apreciação pela Câmara.
Aí é onde mora a probabilidade de novidade no desfecho.
Se a Justiça, que demorou quase um ano e meio para dar andamento ao Mandado de Segurança, der ganho de causa a Olimpio e mandar a CMCG refazer a votação, a medida poderá encontrar a casa legislativa com uma composição muito diferente: maioria contra Bruno, causada pela posse dos novos vereadores após a recontagem do dia 24.