A problemática socioambiental, as mudanças climáticas, a crise da biodiversidade, as guerras, o aumento da pobreza e das desigualdades sociais têm marcado essas últimas décadas no mundo em que vivemos.
Por isso é preciso agir com urgência para a efetivação de ações de políticas públicas, que fortaleçam os elos de ligação entre governança e sustentabilidade, com medidas que contribuam para um País “socialmente justo, ambientalmente equilibrado, economicamente eficiente e culturalmente diverso”.
Uma boa governança significa elaborar e executar um bom direcionamento estratégico com foco no desenvolvimento sustentável e no bem-estar das gerações atuais e futuras. Um exemplo global é a disseminação do conceito ESG, que significa a inclusão de melhores práticas ambientais, sociais e de governança no ambiente dos negócios.
A colaboração é essencial para as empresas que desejam alcançar práticas ambientais, sociais e de governança, que atendam aos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. É possível trabalhar a partir do respeito à capacidade e habilidade de cada pessoa, estimulando relações saudáveis, criando ambientes de confiança e de colaboração.
Aprender a lidar com as emoções é fundamental para desenvolver a autoconsciência e ter relações saudáveis e colaborativas. Valores éticos e humanos, quando colocados em prática, estimulam a reciprocidade e a cultura da colaboração.
A crença na escassez de recursos para resolver problemas afeta a incapacidade humana de perceber alternativas baseadas nos recursos intangíveis e abundantes que existem ao nosso dispor, quando colaboramos uns com os outros, na criação de soluções que resolvam problemas cada vez mais complexos.
A inovação nasce da diversidade de competências e da convergência de ideias divergentes. Mas, isso só é possível com o engajamento dos colaboradores, a superação das barreiras do preconceito, o respeito ao diferente a ao divergente e com relacionamentos saudáveis entre todos os envolvidos.
É fato que o período pós pandemia tornou a perspectiva do ESG ainda mais adequada aos novos tempos, com a valorização da diversidade, da inclusão social, da sustentabilidade, da economia circular de baixo carbono e da inovação, repercutindo ainda mais, nas estratégias de investidores e gestores, em escalas nacional e internacional.
A crise econômica atual é consequência do declínio da ética e da criatividade na sociedade e nos negócios, pois necessidades são criadas para gerar consumo exagerado, atraídos pela mídia, sem consciência e sem nenhum cuidado com o planeta e com os seus recursos finitos e escassos.
É preciso conscientizar os empreendedores para ampliar a sua visão, para além do lucro financeiro, o lucro social e ambiental, refletir sobre a importância de desenvolver ações que venham reduzir as questões ambientais, apoiar a diversidade de gênero e pessoas com deficiência.
A busca de padrões sustentáveis de produção e consumo requer mudanças de hábitos de empresas, governos e sociedade, que devem inserir critérios de sustentabilidade ambiental, social e econômicos, nos seus processos de compra.
A contratação pública bem concedida contribui para o alcance dos objetivos das políticas públicas. Para a implantação de políticas públicas de consumo consciente, o comportamento humano e a tomada de decisão são fundamentais na permanência da sustentabilidade.
A novas economias criativa, colaborativa, circular têm contribuído para cuidar dos recursos finitos do planeta e reduzir o problema da pobreza no mundo. Na economia colaborativa o consumo exagerado transforma-se em consumo consciente e em cuidado maior com o ambiente, assumindo responsabilidade por aquilo que se faz e consome.
As reflexões destacadas nesse artigo resultam do exemplo da Nova Zelândia, onde a proteção à natureza, a preservação da cultura dos povos indígenas (Maori) e a consciência ambiental dos negócios são prioridades na política do turismo regenerativo e sustentável. Volto mais consciente da necessidade de ação urgente, pela sustentabilidade ambiental, cultural e social e de fazer escolhas assertivas, que estejam alinhadas com a visão de mercado, para construir alianças estratégicas com outros países.