Abordado pela imprensa em evento da OAB Campina Grande, o ex-governador Cássio Cunha Lima não pôde fugir dos questionamentos da imprensa sobre a iminente consolidação do rompimento entre o prefeito Bruno Cunha Lima e o deputado federal Romero Rodrigues.
E, como não poderia ser diferente, fez uma fala protocolar e defendeu a manutenção da esfacelada aliança, entendendo que existe espaço para uma composição em 2024 que chegue também a 2026.
No entanto, para além das declarações óbvias, o filho de Ronaldo apresentou considerações sobre a necessidade de Bruno reconhecer a contribuição de Romero e outros ex-prefeitos para Campina.
Embora, também como esperado, tenha procurado mitigar a crítica lembrando que as pessoas tendem a se embevecer, Cássio assume e censura publicamente a famosa vaidade do atual chefe do executivo.
“Bruno tem uma missão de dar prosseguimento e dar continuidade a um trabalho de décadas e um trabalho que sempre teve bons resultados, de todos os ex-prefeitos e sem falsa modéstia, eu me incluo entre eles. E Romero, por ser o antecessor mais próximo, contribuiu de forma decisiva e direta para a eleição de Bruno”, disse.
“Bruno tem que ter sempre a compreensão e saber reconhecer esse passado, de saber valorizar o que foi construído até aqui. Ele tem um desafio muito grande porque ele pega um sarrafo muito alto, então acredito que esse reconhecimento de Bruno no que diz respeito a essa trajetória e não imaginar que Campina foi criada hoje, foi inventada hoje”, completou.
E, mesmo sem ser instado, seguiu: “As pessoas às vezes ficam tanto quanto envaidecidas. É humano, eu fiquei, ainda hoje sou muito envaidecido pelo fato de ter sido prefeito, mas não cair naquela tentação que foi ‘a primeira vez na história’, o ‘maior do mundo’, nada! Você é um trabalho de 50 anos, que tem o esforço e tem a dedicação de muita gente, então torço para que essa unidade seja mantida e ela seja preservada e tenhamos mais um sucesso eleitoral”.