"Feijão e Tecnologia" - Confira a nova coluna de Alexandre Moura

 


Por Alexandre MOURA (*)

“Feijão e Tecnologia”

O feijão (“grão mais amado” pelos brasileiros) é foco de uma pesquisa bem interessante, sendo realizada pela “EMBRAPA Agroindústria de Alimentos” (www.embrapa.br/agroindustria-de-alimentos), unidade da empresa instalada no Rio de Janeiro. A ideia é desenvolver um “concentrado proteico de alta qualidade, com matéria-prima nacional, no caso o feijão carioca”. Segundo Cientistas da EMBRAPA, “o ingrediente aumenta o teor de proteína de alimentos de base vegetal, similares aos de origem animal”. Uma das vantagens é que a proteína de feijão pode substituir ou complementar, a de ervilha, que é majoritariamente importada, e a de soja. Os custos podem ser mais altos no começo, devido ao pequeno volume de produção, mas estudos de “escalonamento” podem tornar o produto competitivo, inclusive com várias oportunidades para exportação. 

“Feijão e Tecnologia” (II)

Com este estudo inédito, a “EMBRAPA Agroindústria de Alimentos” conseguiu desenvolver um concentrado proteico, a partir de um grão amplamente cultivado e consumido no Brasil. Com quase “80 gramas de proteína para cada 100 gramas do produto (cerca de 80% da sua composição), o ingrediente originado do feijão possibilita o acréscimo de teor de proteína a alimentos à base de vegetais, que são similares a produtos de origem animal como hambúrgueres, empanados, salsichas, linguiças, leite e iogurte”. O Projeto de Pesquisa surgiu impulsionado pelo crescimento da demanda, por esses produtos à Base de Plantas (Plant-Based), como o “hambúrguer vegetal”, já bastante consumido no Brasil e no Exterior. Além disso, o concentrado proteico também pode ser usado na panificação, em bebidas e suplementos alimentares. Vale ainda destacar que o projeto, contou com recursos provenientes da EMBRAPA e do “Programa de Incentivo à Pesquisa”, do The Good Food Institute (www.gfi.org). Com informações do Portal da EMBRAPA Agroindústria de Alimentos.

41% de “Sucesso”!

Um levantamento feito pela empresa americana Tenable, Inc. sediada na cidade de Columbia, estado de Maryland - especializada em segurança cibernética e detentora do software de verificação de “vulnerabilidades” de ambientes informatizados, Nessus – concluiu que “41% dos ataques hackers que aconteceram no Brasil, no período de 2021 a 2023 (até o primeiro bimestre), tiveram sucesso”. Um percentual altíssimo e assustador, sob qualquer parâmetro. Segundo o documento da Tenable, essa informação foi obtida da “parte brasileira”, de uma pesquisa em nível mundial, realizada no mês de março deste ano, com mais de 800 executivos responsáveis pela “Segurança Cibernética e dos Departamentos de TI (Tecnologia da Informação)”, de empresas sediadas em vários países. A pesquisa foi contratada pela Tenable e realizada pela empresa Forrester Consulting (www.forrester.com). Denominado de “Old Habits Die Hard: How People Process and Technology Challenges Are Hurting Cybersecurity Teams“ (“Velhos Hábitos são difíceis de morrer: como os processos de pessoas e os desafios tecnológicos estão prejudicando as equipes de segurança cibernética”), o documento mostra outros dados e informações interessantes, em relação às empresas do Brasil.

41% de “Sucesso”!



Desses dados e informações das empresas brasileiras, vou destacar aqui, apenas três que chamaram mais minha atenção. O primeiro é que para 78% dos entrevistados, “a maior fonte de preocupação referente aos riscos de ataques cibernéticos é a Infraestrutura de nuvem (seja ela pública ou privada) sendo utilizada pelas empresas”; O segundo dado que chamou minha atenção é que, 60% dos gestores brasileiros pesquisados, afirmaram que “dedicam a maior parte do seu tempo para resolver os problemas causados por ataques hackers bem sucedidos, no lugar de trabalharem na prevenção desses ataques”; O terceiro e último ponto que destaco: 66% dos entrevistados disseram saber que “a identidade do usuário e os privilégios de acesso que cada um tem, no sistema (ou sistemas) da empresa”, são prioridades nas ações para “detecção das vulnerabilidades de segurança”. Ou seja, as “pessoas” são “os elos fracos”, da corrente de proteção cibernética destes sistemas. Entretanto, a maioria (56%) afirmou que “não conseguem resolver de forma adequada essa vulnerabilidade, nos procedimentos e nas praticas preventivas diárias, de segurança”. Complicado e preocupante!

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Engenheiro Eletrônico, Mestre em Engenharia Elétrica, MBAs em Comércio Eletrônico e Software Business, pela Nova Southeastern University (Estados Unidos), acionista da Light Infocon Tecnologia S/A, Diretor da LightBase Software Público Ltda, Conselheiro-Titular do SEBRAE-PB, Fundador e Membro do Conselho de Administração do SICOOB-PB, Diretor e Ex-Presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado da Paraíba e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP.


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