Prestes a encerrar o terceiro ano de mandato, o prefeito Bruno Cunha Lima repete a mesma situação de dependência total de terceiros que o levou a chegar à principal cadeira do Palácio do Bispo.
Na verdade, se para se tornar prefeito foi preciso ganhar o mandato das mãos de Romero Rodrigues (que teria conseguido eleger qualquer um como seu sucessor), agora, vencidos 3/4 do mandato, o chefe do executivo ainda mais dependente dos outros do que naquele 2020.
Completamente inábil; de trato indiferente até com os aliados; liderança limitada apenas à retórica pública e ao medo que o poder da caneta impõe; gestor que parece viver no universo paralelo das redes sociais de militância engajada; desconhecedor da vida real e do mundo real; prefeito que não tem uma obra ou ação relevante em três anos. Esse é Bruno, em resumida síntese.
Uma situação que criou o cenário patético de um líder claramente dependente. Como o título do artigo esclarece, Bruno Cunha Lima hoje depende dos vereadores para concluir o mandato sem sofrer os riscos de um impeachment.
Depende umbilicalmente do senador Veneziano Vital do Rêgo para ter um mínimo de governabilidade, tentar acessos e recursos em Brasília.
E só será prefeito de segundo mandato se outra vez receber do mesmo Romero que o presenteou com o primeiro e agora ignorar o clamor da cidade e as consequências severas para a própria carreira.
Ou seja, Bruno depende de vereadores de quem sempre fez pouco caso, do senador de quem foi ardoroso oponente até há pouco e do ex-aliado de quem ganhou o mandato e pagou com desprezo e indiferença.
Um gestor politicamente tutelado. Prova inequívoca de que sobrenome pode eleger um prefeito, mas não fabricar um líder e que a retórica pode fazer um político, jamais, porém, um governante.